
25 de março de 2011 | 00h00
As explicações que Gurgel terá de dar sobre a conversa reservada que manteve com Arruda, pivô do escândalo de corrupção no DF, podem fragilizar seu nome e esvaziar o apoio que teria dos integrantes do MP. Sem esses votos, Gurgel poderia perder a primeira posição na lista tríplice que é feita pela Associação Nacional dos Procuradores da República e encaminhada à Presidência.
Gurgel já enfrenta um embaraço junto ao governo: parte dos problemas enfrentados no Tribunal Superior Eleitoral por Dilma Rousseff na campanha de 2010 é creditada a ele, que indicou a subprocuradora Sandra Cureau para atuar como fiscal do processo eleitoral no TSE. Sandra entrou com sucessivos processos contra Dilma. Integrantes do governo cobraram pulso forte de Gurgel para ele controlar a atuação da subprocuradora.
Antes mesmo desses fatos novos, assessores de Dilma diziam que ela não perderia a oportunidade de nomear a primeira mulher para comandar o Ministério Público, o que aumenta a cotação da vice-procuradora-geral da República, Deborah Duprat. Se for a mais votada na eleição interna do MP, Duprat deverá ser nomeada por Dilma.
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