Maníaco do parque é condenado a mais 121 anos e 8 meses

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Por Agencia Estado
Atualização:

O 1º Tribunal do Júri de São Paulo, após 36 horas consecutivas de julgamento, condenou nesta quarta-feira à noite, Francisco de Assis Pereira, o "maníaco do parque", a mais 121 anos e oito meses de prisão em regime integralmente fechado, por homicídios qualificados contra cinco mulheres, estranguladas em 1998 no Parque do Estado, além de crimes de estupro, ocultação de cadáver e atentado violento ao pudor. Os jurados, por sete votos a zero, acolheram integralmente a acusação, sustentada pelo promotor Edilson Mougenot Bonfim e pelo assistente do Ministério Público, Milton Bonelli, contratado pela família de uma das vítimas e rejeitaram a argumentação da advogada de defesa, Maria Elisa Munhol, que, tentou convencer os jurados, com base em laudo psiquiátrico, de que o maníaco é semi-irresponsável. Se a tese tivesse sido acolhida, a pena seria reduzida de 1/3 a 2/3 ou poderia ser convertida em medida de segurança, consistente em internação pelo prazo mínimo de três anos em manicômio judiciário. Com a condenação desta quarta-feira, as penas aplicadas ao assassino somam 279 anos e dois meses de reclusão. Após o trânsito em julgado de todas as decisões condenatórias, as penas serão unificadas, e o "maníaco do parque", que está preso há quatro anos, cumprirá no máximo 30 anos de reclusão. Em sua sentença, o juiz Homero Maion ressalta que Francisco de Assis Pereira ?agia de forma premeditada na organização e concepção de seus intentos criminosos?. Acrescenta que, ?após cometer crimes gravíssimos, hediondos e de elevada repugnância? ele se apresentava como pessoa enquadrada no meio social. Quando foi desmascarado, até seus parentes se surpreenderam com as acusações. Após o julgamento, o maníaco foi recambiado à prisão onde cumpre pena.

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