Maníaco do parque vai se casar

A noiva, uma catarinense se corresponde com o motoboy Francisco de Assis Pereira há três meses e pretende se mudar para Itaí, para ficar mais perto do noivo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Assassino confesso de sete mulheres, condenado anteontem a mais 24 anos e 6 meses de prisão, o motoboy Francisco de Assis Pereira, conhecido como o maníaco do parque, vai se casar. A moça, uma loira de Santa Catarina, começou a escrever para o assassino há cerca de três meses. Os dois pretendem obter autorização judicial e se casarem ainda neste ano. Uma das alternativas para a união é o casamento coletivo de detentos promovido pelo Estado. Para isso, de acordo com a Assessoria de Imprensa da Secretaria da Adminstração Penitenciária, o casal vai precisar de autorização judicial. A advogada de defesa de Pereira, Maria Elisa Munhol, não foi encontrada ontem pelo Estado. A moça, que não teve o seu nome revelado, pretende se mudar para a cidade de Itaí - onde Pereira cumpre pena - para ter mais contato com o namorado. Hoje, ela já ajuda Pereira financeiramente. Desde que foi preso, o maníaco do parque recebeu dezenas de cartas de amor, de oferta de ajuda e de evangélicos. Erro Embora tenha sido condenado, em três julgamentos, a 147 anos de reclusão, segundo a legislação brasileira o motoboy Francisco de Assis Pereira poderá cumprir apenas 30 anos. "Este é um caso típico que mostra o erro absurdo da legislação penal brasileira, que coloca criminosos na rua em 30 anos, como fez com o Bandido da Luz Vermelha", criticou o promotor Edilson Bonfim, que atuou no processo contra Pereira. "Esse absurdo se repetirá outra vez se o legislador não for responsável para mudar essa situação. Se não pudermos condenar criminosos desse tipo a prisão perpétua, porque a Constituição veta, que se faça como no México, onde a pena de prisão pode ser de 60 a 65 anos. Num caso como esse ficaria de bom tamanho", argumentou Bonfim. "Até onde eu sei, até onde estou em dia com a ciência, pessoas como o motoboy são perigosas enquanto viverem."

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