
24 de junho de 2013 | 18h56
RIO - A manifestação realizada nesta segunda-feira, 24, no centro do Rio de Janeiro reúne cerca de duas mil pessoas e, apesar número de manifestantes bem menor do que nos dias anteriores, o comércio e serviços públicos encerraram as atividades mais cedo por medo de confusão. A Avenida Rio Branco está interditada e muita gente que sai do trabalho à procura de transporte reclama por ter de recorrer ao metrô. O prédio da Assembleia Legislativa foi cercado por cerca de 60 PMs e outros 35 fazem um cordão de isolamento na estação das Barcas, o que não ocorreu nos dias anteriores. O ato, que teve a concentração na Candelária, deve seguir até a Cinelândia e é marcado pela diversidade de reivindicações: ela é tão grande que as lideranças não conseguem combinar os gritos de guerra. O único momento em que todos se expressaram de forma uníssona foi durante o hino nacional, que já foi entoado cinco vezes em 20 minutos. Quando o hino acaba, porém, se faz um silêncio até que os líderes consigam combinar as próximas palavras de ordem. A manifestação não foi organizada pelo Fórum de Lutas contra o Aumento das Passagens, que esteve à frente dos protestos no Rio até agora. Em meio a palavras de ordem desarticuladas, o professor de curso profissionalizante José Ferreira Júnior, de 37, tenta organizar a população com um megafone. "Todas as reivindicações convergem para uma coisa só, que é o combate à corrupção", disse ele, que se apresentou como representante da União Contra a Corrupção (UCC). Perguntado pela reportagem sobre os projetos da UCC para o País, respondeu: "Eu não teria nenhum projeto específico para te falar agora, mas todas as ideias são viáveis". O professor fez questão de explicar sua posição política. "Não sou nem de direita, nem de esquerda, nem de centro". Os manifestantes gritam palavras de ordem como "Não vai ter Copa", "Fora Renan" e "Fora Cabral".
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