O coordenador da campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio Garcia, voltou a dizer nesta sexta-feira que foi um "deslize grave" a nota divulgada pela campanha fazendo ataques à mulher e à filha do candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin. A retirada da nota, de acordo com Garcia, foi a correção de um erro. "Nós temos princípios e eles foram infringidos", afirmou Garcia. "A nota não corresponde à orientação pessoal do presidente nem a da coordenação de campanha". A nota divulgada ontem pela campanha de Lula lembrava o caso dos 400 vestidos doados por um estilista a Lu Alckmin e ainda questionava o fato da filha do tucano ter trabalho na loja Daslu, "uma empresa acusada de contrabando", de acordo com a nota. O próprio Lula mandou retirar a nota do ar. Já na parte em que o artigo, escrito por Valter Pomar, da Executiva do PT, ataca a imprensa - e, em especial, o Estado, a que chamou de "descarado" e "tendencioso" - Garcia afirmou que não há porque retificar as críticas. "O Estadão tem toda a liberdade de dizer o que bem entende, sempre sem direito de resposta (se refere aos editorais do jornal). E são críticas de natureza pessoal", afirmou. "É importante que o órgão de comunicação da campanha externe sua opinião". O coordenador afirmou que a liberdade de imprensa tem que valer para os dois lados. "Por que então qualquer crítica da imprensa agora não pode ser questionada?", perguntou.