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Marginal será interditada para testes com explosivos

Por Agencia Estado
Atualização:

Para permitir a realização dos primeiros testes com os explosivos que serão utilizados nas obras de rebaixamento e ampliação da calha do Rio Tietê, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) interditará amanhã e domingo as duas pistas, nos dois sentidos, da Marginal do Tietê, durante 30 minutos. O bloqueio será realizado das 5h45 às 6h15 próximo da Barragem da Penha, entre as Pontes Imigrante Nordestino e General Milton Tavares. No mesmo horário e, pelo mesmo motivo, a empresa Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) desviará o trânsito do km 19,8 da Rodovia Ayrton Senna, sentido interior-capital, e da Rodovia Hélio Smidt, no km 1,8 sentido Aeroporto-Ayrton Senna, para a Via Dutra. A Dersa pede aos motoristas que seguem de São Paulo para o Aeroporto Internacional de São Paulo que antecipem a viagem em pelo menos 10 minutos, para fugir da interdição. Serão utilizados 166,4 quilos de explosivos. As detonações ocorrerão em locais escolhidos para que os técnicos possam fazer medições das condições reais de transmissão de ondas de choque. As obras de rebaixamento e ampliação da calha do rio fazem parte do Programa de Combate às Enchentes, desenvolvido pelo governo do Estado. O leito do Tietê será aprofundado em 2,5 metros, em média, numa extensão de 24,5 quilômetros, desde o Cebolão até a Barragem da Penha. As obras deverão ser concluídas em setembro de 2004, permitindo que a vazão do rio passe de 210 metros cúbicos para 561 metros cúbicos por segundo, junto da foz do Córrego Aricanduva, de 270 para 640 m³/s na foz do Rio Tamanduateí e de 640 para 1.048 m³/s na foz do Rio Pinheiros, sob o Cebolão. Essas obras consumirão R$ 688,3 milhões, sendo R$ 498 milhões do Japan Bank International Cooperation (JBIC) e R$ 190,3 milhões do governo do Estado. Além dos testes com explosivos, as empreiteiras contratadas pela Secretaria Estadual de Recursos Hídricos iniciaram, há mais de um mês, os trabalhos para a remoção de 6 milhões de metros cúbicos de terra e de 800 mil metros cúbicos de rocha, fora a construção de 19 mil metros de muros de contenção e de 300 galerias e bueiros. No momento, a maioria das obras se concentra no trecho entre o Cebolão e a Ponte do Limão. A primeira fase foi realizada no trecho de 16,5 quilômetros entre a barragem móvel na foz do Rio Pinheiros (Cebolão) e o lago da Barragem Edgard de Souza, em Santana de Parnaíba. Com isso, a vazão do Tietê na Edgard de Souza aumentou de 840 m³/s para 1.440 m³/s. Segundo técnicos do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee), o aprofundamento da calha evitou que o Tietê transbordasse no trecho urbano.

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