Mariana reivindica tombamento pela Unesco

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Por Eduardo Kattah
Atualização:

Primeira cidade de Minas, Mariana, a 115 quilômetros de Belo Horizonte, cansou de ser coadjuvante da vizinha Ouro Preto e se mobiliza para obter o reconhecimento formal da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como patrimônio da humanidade. O município, de 311 anos e 52 mil habitantes, passa por um amplo processo de capacitação, principalmente por meio de intervenções urbanas e obras visando à recuperação de seu sítio histórico e adequação às exigências da organização. ?Pretendemos no máximo até abril do ano que vem estarmos com toda a documentação pronta para inscrever a cidade?, disse Fátima Guido, coordenadora em Mariana do Programa Monumenta, do Ministério da Cultura. Em Minas, além de Ouro Preto, Diamantina, localizada no Vale do Jequitinhonha, detém o título da Unesco. A antiga Vila Rica foi a primeira cidade brasileira a ser reconhecida como patrimônio mundial, em 1980. Mas conquistou o tombamento no fim da década de 1990. Em Congonhas, o tombamento restringe-se ao Santuário de Bom Jesus do Matosinhos - que abriga a obra-prima de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Acervos de música colonial Embora reconheçam que o Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco hoje é muito mais rigoroso na seleção dos sítios, as autoridades de Mariana confiam nos requisitos da cidade. Além do casario e das seculares igrejas barrocas - possui cerca de 800 imóveis tombados -, ela se destaca por ser guardiã de um dos mais importantes acervos de música antiga colonial brasileira e música sacra manuscrita da América Latina. Medida considerada fundamental para a obtenção do título, o Plano Diretor de Mariana foi aprovado no fim de 2003 e norteia as obras previstas e em execução na cidade. Mas, a exemplo de outros municípios históricos mineiros, a regulamentação tardia deu margem a uma ocupação urbana desordenada de suas encostas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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