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''Maridos'' atendem até a homens

Por Mariana Faraco
Atualização:

Há mais tempo no mercado, os chamados "maridos de aluguel" surgiram para resolver um outro tipo de problema doméstico, historicamente sempre a cargo do "homem da casa": trocar uma lâmpada, consertar o chuveiro, mexer na calha. Há centenas deles em todo o País. E, agora, alguns correm o risco de acumular funções "femininas". "As clientes me perguntam se conheço alguém que organize armários ou que conserte cortinas", conta Valdir José Peres, de 46 anos, que há três criou a Marido de Aluguel, em São Paulo. O contador aposentado Dagoberto Baccari, de 56 anos, também se oferece como marido de aluguel. Sabe tudo de pequenos consertos, de troca de antena parabólica a aperto de torneira. Mas, por causa da dinâmica doméstica da própria casa, desenvolveu outras habilidades. Tem, por exemplo, uma técnica de estender roupas que facilita na hora de passar. "Faço não só serviços de arrumação, mas de limpeza em geral", diz Baccari, que cobra cerca de R$ 30 por hora. "O que tiver de fazer eu faço, tiro as roupas emboloradas do armário e coloco no sol." Ele garante: faz isso melhor que sua mulher. "Minha filha fala que, quando limpo a casa, fica com cheiro de limpeza!" Baccari só recua quando se trata de orientar a empregada doméstica. "Deixo que minha mulher faça isso, até para manter um certo respeito." Mas e se tiver alguma coisa errada? "Eu mesmo vou lá e refaço!" Ainda entre as mudanças criadas pelas novas correlações de força nos lares, Peres diz que 30% dos clientes que o contratam como marido (R$ 60 a hora) são... homens. "As mulheres estão surpreendendo. Têm umas que consertam chuveiro de 220 volts. E homem que me chama para trocar lâmpada..."

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