20 de julho de 2010 | 00h00
A senadora Marina Silva, candidata do PV à Presidência, viaja hoje para Nova York. Amanhã inaugura na cidade mais um comitê familiar de sua campanha, conhecido como Casa de Marina. Na quinta reúne-se com investidores e economistas americanos para apresentar suas propostas na área econômica e planos de desenvolvimento.
O encontro foi organizado pela Bolsa de Valores de São Paulo, que em maio já havia patrocinado um evento semelhante com a candidata do PT, Dilma Rousseff. O tucano José Serra foi convidado, mas ainda não definiu a data para sua viagem.
A candidata do PV viaja acompanhada do empresário Guilherme Leal, candidato a vice na sua chapa e um dos principais articuladores do programa de governo que está preparando.
A nova unidade da Casa de Marina ficará na residência do brasileiro Ivy Goulart, produtor e cineasta, simpatizante da candidatura da senadora. Segundo informações da assessoria da campanha, ele é catarinense e vive há vários anos em Nova York, produzindo filmes de curta metragem.
Análises. Além de Marina e do vice, a Bovespa também convidou para o encontro de quinta-feira o consultor especial do Citi, William Rhodes, e o economista brasileiro Marcio Garcia, professor de economia na Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ). Eles farão uma análise da conjuntura financeira e econômica do Brasil, precedendo a conversa com a candidata.
Segundo observadores americanos, dificilmente a apresentação de Marina despertará o mesmo interesse que a da candidata do PT, que reuniu mais de 600 participantes, entre economistas e investidores estrangeiros.
Um trader de um grande banco de investimentos dos Estados Unidos lembrou ontem que a visita de Dilma provocou muitos telefonemas antes e depois do encontro da Bovespa. "O telefone não parou de tocar. Todos os investidores ligaram querendo saber o que a Dilma tinha dito, houve um interesse enorme", disse ele.
No caso de Marina, até agora a maior preocupação dos investidores, segundo suas informações, é saber para que lado a senadora vai pender no segundo turno: "Querem saber para quem vão os 10% que Marina tem nas pesquisas."
Segundo a mesma fonte, neste ano os investidores estrangeiros estão bem menos preocupados com o risco político representado por cada um dos candidatos do que em eleições passadas.
Também está previsto para a quinta-feira um encontro de Marina com os correspondentes brasileiros em Nova York.
Apoio. Ontem, a principal manchete do dia no site de campanha da senadora foi a notícia de que a senadora Patrícia Saboya, do PDT do Ceará, decidiu defender a candidatura de Marina à Presidência, contrariando a orientação de seu partido, alinhado com Dilma Rousseff.
Patrícia, que se elegeu com o apoio do ex-marido Ciro Gomes (PSB) e do senador Tasso Jereissati (PSDB), disse num encontro de apoio a Marina que hoje "as pessoas se encontram mais por aquilo que pensam propriamente que pelos seus partidos".
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