Marinha chega a interromper produção na plataforma de Frade por suspeita de bomba

Ameaça na unidade de produção de petróleo causou grande mobilização, com três embarcações, mergulhadores de combate, fuzileiros navais, entre outras equipes

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Por Wilson Tosta
Atualização:

(Atualizado às 16h10) A Marinha do Brasil afirmou por nota ter sido informada por volta das 19h de sábado, 30, da existência de uma caixa com material suspeito de ser explosivo a bordo da plataforma petrolífera do Frade, na Bacia de Campos, a 230 km de Macaé (RJ).

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Três embarcações - os navios patrulha Amazonas e Gurupá e a corveta Barroso - foram deslocados para a região, assim como equipes de mergulhadores de combate, fuzileiros navais, policiais federais e Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil do Rio. Foi formado ainda um gabinete de crise, e a Amazonas assumiu, na madrugada de domingo, as operações na plataforma, cuja produção naquele momento foi interrompida.

Na manhã deste domingo, exames de raio X constataram que se tratava de material inerte e sem dispositivo detonador. Foi aberto inquérito sobre o incidente, com previsão de conclusão em 90 dias.

Em nota, a Marinha afirmou que o alarme falso não causou nenhum incidente além da paralisação da operação. Segundo o comunicado, a tripulação está pronta retomar as atividades na plataforma e aguarda apenas a autorização oficial. "Até o momento, não existem registros de acidentes pessoais. A segurança da navegação e a salvaguarda da vida humana estão asseguradas. Não ocorreu poluição hídrica".Liberação. No começo da tarde, a Marinha do Brasil informou ter autorizado a retomada das operações de plataforma petrolífera no Campo do Frade. A estrutura, fundeada na Bacia da Campos, a mais de 200 quilômetros de Macaé (RJ),foi liberada depois de uma varreduradetalhada em suas instalações. “A MB (Marinha) está preparada para defender as plataformas petrolíferas, estando de prontidão para responder às possíveis ameaças. Este episódio evidencia a importância de uma Marinha bem equipada para garantir os interesses do Brasil no mar, naquilo que chamamos ‘Amazônia Azul’”, afirmou a Marinha em nota. A Chevron, majoritária no campo, não divulgara, até o meio da tarde, informações sobre a retomada de operações.

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