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Marta e Alckmin discutem sobre segurança

Por Agencia Estado
Atualização:

A parceria entre os governos municipal e estadual na questão da segurança pública gerou um mal-estar durante a coletiva da qual participaram a prefeita Marta Suplicy (PT-SP) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Ambos participaram da instalação do Fórum Metropolitano de Segurança Pública nesta manhã, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Marta cobrou de Alckmin a promessa do governo estadual de reforçar o policiamento na região central da capital paulista, como havia sido combinado, com o efetivo de 600 policiais militares. "A palavra é sua", disse Marta, referindo-se ao andamento da parceria e respondendo a uma jornalista que questionou como caminhava o acordo. "O efetivo está sendo aumentado. Hoje são 83 mil homens, 10 mil a mais do que quando o governador Mário Covas assumiu, em 1995", retrucou Alckmin. O governador disse ainda que o Estado estava providenciando a liberação de 4 mil policiais militares, que hoje fazem guarda de muralha no sistema penitenciário, para o patrulhamento da cidade. Ainda em sua "réplica", Alckmin envolveu no "debate" o comandante geral da PM, Rui César Melo, responsável pelo compromisso com a prefeitura para o reforço do policiamento no centro da cidade. "Se o Estado está contratando tanto pessoal novo, deveriam vir para o centro, que é o cartão de visitas da cidade", insistiu Marta, recobrando os 600 Pms. "Acho que a prefeitura pode colaborar liberando os 2,7 mil PMs que ficam multando motoristas no trânsito", contra-atacou Alckmin. "Eu colaborei, dei 70 Fiats (carros) para vocês, que têm bem mais dinheiro do que a prefeitura", reagiu Marta, sem dar espaço para o governador continuar a se justificar e referindo-se a frota cedida pela prefeitura para auxiliar no policiamento do trânsito. A troca de farpas durou cinco minutos e deixou Alckmin aparentemente constrangido. Marta, visivelmente satisfeita, foi providencialmente convidada para deixar a sala, onde acontecia a coletiva, e integrar o grupo de debates sobre violência, que estava sendo realizado no auditório ao lado.

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