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Marta pede liberação de empréstimo do BNDES

Por Agencia Estado
Atualização:

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, foi recebida hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Ela voltou a defender a liberação de um empréstimo R$ 493,80 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras no sistema de transporte público do município. Ontem, a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) pediu explicações sobre esse empréstimo ao secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. Senadores do PFL e do PSDB querem saber o motivo de liberar um empréstimo para uma prefeitura que ultrapassou o limite de endividamento. ?O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, sabem que esse empréstimo é correto e não representa proteção para São Paulo?, argumentou a prefeita. ?A cidade precisa ter, na rolagem de sua dívida, a possibilidade de fazer empréstimo para o setor de transportes?, afirmou. Marta ressaltou, ainda, que a prefeitura paga em dia as parcelas de sua dívida. A prefeita de São Paulo disse ter sugerido ao governo federal maior participação dos municípios na receita da Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide). Segundo Marta, o repasse de 6% dos recursos do tributo aos municípios, estabelecido na proposta de reforma tributária, é ?pouco?. A prefeita relatou que o presidente Lula e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, demonstraram interesse na proposta de repassar os recursos da Cide para o sistema de transporte público. ?A população mais pobre acaba arcando com a gratuidade do sistema?, argumentou Marta. A prefeita também pediu ao governo federal parecer do Ministério da Fazenda liberando a grandes capitais, como São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, recursos de depósitos judiciais. No caso, de São Paulo, o montante chegaria a cerca de R$ 600 milhões. Propina Ainda durante a entrevista, Marta Suplicy, negou que tenha influenciado a decisão da Câmara Municipal de arquivar o processo de investigação contra a vereadora Myriam Athiê (PPS), acusada de receber propina de uma empresa de ônibus. ?Isso faz parte do Legislativo, eu não acompanhei de perto?, disse a prefeita. Mas, ao ser questionada sobre o apoio de vereadores ligados ao governo ao arquivamento da representação enviada pelo Ministério Público Estadual, Marta Suplicy afirmou que ?teve de tudo na votação?.

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