Marta volta a São Paulo de mãos vazias

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Por Agencia Estado
Atualização:

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, não conseguiu a liberação de recursos do governo federal para obras de prevenção de enchentes. Após encontro com o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, a prefeita disse que o dinheiro para as enchentes será liberado à medida que os recursos do Orçamento da União forem sendo descontigenciados. A prefeita quer a liberação de R$ 70 milhões para o combate a enchentes - recursos que estão previstos em emenda de iniciativa da bancada de parlamentares do Estado de São Paulo no Congresso Nacional. Ela não conseguiu, também, a liberação de R$ 20 milhões assegurados pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que ainda estão bloqueados. Apesar de não conseguir do ministro a liberação dos recursos, a prefeita disse que saiu do encontro com muita ?esperança e otimismo? e que não esperava o dinheiro de imediato. ?Depois dos cortes do Orçamento, não imaginava que conversaria com o ministro e sairia com o dinheiro no bolso?, admitiu. ?O encontro não poderia ser mais alvissareiro. Não esperava nada mais do que a boa vontade e o empenho do ministro?, respondeu, ao ser questionada sobre o fato de estar saindo de mãos vazias após a primeira visita oficial ao ministro Antônio Palocci. Marta Suplicy disse que, como prefeita, entende a necessidade de contigenciamento das despesas, medida que já teve que adotar no seu governo. Ela disse saber que, tão logo as receitas forem entrando, os recursos poderão ser liberados. ?Tenho experiência como prefeita, (sei) que o descontigenciamento depende das receitas que entram.? Segundo Marta, a prevenção de enchentes na capital paulista é um problema ?emergencial? de 40 anos. Pelas contas da Prefeitura, a cidade precisa de R$ 3,8 bilhões para as obras de prevenção das enchentes. A prefeita disse que, com o dinheiro de que o município dispõe anualmente, seriam necessários 26 anos para que as obras fossem concluídas. Ela disse que o seu governo já gastou por conta própria R$ 90 milhões para obras de prevenção no Aricanduva. O problema das enchentes, disse ela, atinge desde regiões na periferia até áreas nobres do município. Marta disse considerar justo o pedido de recursos para combate a enchentes, já que São Paulo é a ?porta de entrada do País? e a cidade que mais arrecada impostos no Brasil. Marta Suplicy disse acreditar que conseguirá em breve o desbloqueio de R$ 10 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) para o eequipamento de agentes e a melhoria da segurança na capital paulista. ?O ministro (Antônio Palocci, da Fazenda) disse que não tem nenhum problema em liberar os recursos?, afirmou. Palocci, no entanto, não deu prazo para a liberação do dinheiro. Marta ressaltou que, na área social, o governo municipal já gastou R$ 250 milhões de recursos próprios e que precisa dos R$ 10 milhões para a ?repressão? à violência. A Prefeitura quer a Guarda Municipal atuando 24 horas por dia. Na entrevista, a prefeita evitou fazer comentários sobre levantamento do vereador Gilberto Natalino, que mostra que a Prefeitura pagou um preço excessivo na compra de uniformes escolares. ?Ele é está equivocado. Ele é da oposição. O preço é bom?, resumiu ela.

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