BRASÍLIA - O governo federal descarta adotar uma medida emergencial na área de segurança pública no Estado do Ceará após os assassinatos em Fortaleza no fim de semana. Para o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB-MS), o ocorrido é "lamentável", mas ainda se trata de um problema de segurança pública. Ou seja, na esfera estadual.
+++ Maior chacina ocorreu no sábado
+++ Briga de presos em cadeia do Ceará deixa 10 mortos O ministro avalia que Fortaleza tem condições para reagir ao caso. "O Estado do Ceará tem condições, apoiado pelo governo federal, mas não como uma ação direta nesse momento", disse. "Quem não tem competência, que não se estabeleça. Com todo o respeito, transferir isso para o governo federal é um absurdo", disse, ao ser questionado sobre eventual responsabilização do governo federal no caso.
+++ Ministro da Justiça responde acusações do governador do Ceará sobre chacina "O governo lamenta, mas entendemos que é uma questão de segurança pública. Um conflito entre gangues que permite o estabelecimento de uma barbárie como essa que aconteceu no Ceará. Lamentamos muito, mas entendemos que é uma questão de segurança pública", disse o ministro.
+++ Familiares de vítimas da chacina em Fortaleza estão 'aterrorizados', diz defensora Marun alegou que a União age e participa das ações quando há "descontrole". "E nós não entendemos, nesse momento, que isso esteja acontecendo no Estado do Ceará", disse. "Não entendemos que seja o caso de uma ação direta porque senão a cada momento que acontece um crime bárbaro chama o Exército, chama a Marinha, chama a Aeronáutica", completou. O ministro aproveitou para elogiar o trabalho de investigação que tem sido feito pela polícia cearense. "É um crime a ser combatido no nível estadual que tem agido bem e já identificou os autores da execução. Eles têm respondido à altura da tragédia que aconteceu", disse.