Matarazzo descarta grades no vão livre

Segundo ele, área terá até março apenas proteção contra quedas nos fundos

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Por Camilla Haddad e Fabiane Leite
Atualização:

O secretário municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, afirmou ontem que está "descartada" a hipótese de cercar com grades o vão livre do Museu de Artes de São Paulo (Masp). A proposta, um desejo antigo da direção da instituição, foi levantada anteontem pelo tesoureiro do museu, Luiz Pereira Barreto. "Os diretores podem até pensar em colocar grades, mas isso não vai acontecer", garantiu. Segundo Matarazzo, o local é público, tombado pelo patrimônio histórico e por isso não pode sofrer alteração. "O Masp é privado e precisa, sim, aumentar a vigilância para resolver a questão de segurança, sem grades." Na madrugada de quinta-feira, foram roubados da instituição duas telas avaliadas em R$ 100 milhões - O Lavrador de Café, de Portinari, e O Retrato de Suzanne Bloch, de Picasso. Matarazzo explica que a única intervenção prevista no vão livre do Masp será feita em março. Uma proteção de ferro, de altura ainda não definida, será instalada nos fundos para evitar quedas. "Não dá nem para chamar de grade. É uma estrutura que foi desenhada e muito estudada pelo Departamento de Patrimônio Histórico", garante. A proteção começou a ser planejada em setembro, depois que o jovem Luiz Guilherme de Oliveira Moura, de 14 anos, morreu após se desequilibrar e cair de uma altura de 15 metros. APELO O Masp ontem fez um apelo à população para que fique alerta a quaisquer informações que possam levar à recuperação dos dois quadros roubados na semana passada. A instituição pediu que as pessoas que tiverem alguma pista das obras liguem para o Disque Denúncia ( 181). No comunicado divulgado ontem, o museu ainda agradece as manifestações de apoio que tem recebido de cidadãos e empresas desde o furto.

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