Mato Grosso do Sul quer permanência da Força Nacional

Governo do Estado quer que a tropa fique por mais 30 ou 60 dias, conforme afirmou o secretário estadual de Segurança Pública, Raufi Marques

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Por Agencia Estado
Atualização:

O Governo de Mato Grosso do Sul quer a permanência da Força Nacional de Segurança Pública no Estado, por mais 30 ou 60 dias, conforme afirmou nesta terça-feira, 11, o secretário estadual de Segurança Pública, Raufi Marques. Ele explicou que os princípios de rebeliões, ameaças de morte contra agentes penitenciários, entre outros acontecimentos justificam a ampliação do prazo que termina no próximo dia 15. "Até a próxima semana deveremos entrar em acordo com o Ministério da Justiça sobre a renovação do reforço federal no MS". A informação surgiu em um momento de revolta no Presídio de Segurança Máxima de Naviraí, extremo sul do Estado, para onde foram transferidos 120 líderes das rebeliões de presidiários que destruíram pelo menos 60% dos estabelecimentos penais de Campo Grande, Três Lagoas e Dourados, durante os dias 13 e 14 de maio deste ano. Nesta segunda, 10, os presos de Naviraí iniciaram greve de fome, e durante a parte da manhã desta terça-feira, 12, não pararam de gritar "morte aos agentes", estremecendo as grades das celas, do recém inaugurado presídio. Medo O clima de insegurança tem causado medo nos agentes penitenciários. Tentaram entregar as chaves da prisão para os 40 policiais militares que estão trabalhando no local, mas não houve acordo. Desde as 6 horas até que no início da tarde, guarnições da Força Nacional entraram no local e removeram cinco detentos que estavam doentes, para Campo Grande, atendendo pedido dos presos. Em seguida, foram suspensas por tempo indeterminado as visitas de parentes, advogados e banho de sol. Em Três Lagoas, na divisa com o Estado de São Paulo, o ambiente foi o mesmo durante o último final de semana, o que também exigiu a presença da Força Nacional. As expectativa em torno do comportamento dos detentos nos presídios de Corumbá, Dourados e Ponta Porá, não são das melhores conforme acredita Raufi. Em Ponta Porá, por exemplo, o presídio está superlotado sem condições de receber novos presos e cinco dos presidiários ligados a facções criminosas estão na Delegacia Central de Polícia Civil. O secretário explicou, que além de todo esse quadro estão realizando reformas nos estabelecimentos destruídos durante as rebeliões do mês passado, necessitando segurança para os trabalhadores das empresas que executam o serviço. Também está em fase de conclusão o cadastramento eletrônico dos quase 9 mil presos no Estado, com o auxílio da Polícia Federal e Força Nacional. "A Força Nacional também está atuando em operações de repreensão ao narcotráfico, contrabando e tráfico de seres humanos", concluiu.

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