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Mau tempo frustra paulistanos no litoral

Por Agencia Estado
Atualização:

Os paulistanos que viajaram para o litoral em busca de bronzeado foram recebidos com sol fraco e vento gelado. Animados com o calor que fez na capital durante quase toda semana, muitos se decepcionaram com a garoa e o frio pela manhã do tão esperado feriado. Na praia de Pitangueiras, no Guarujá, litoral sul, muita gente nem se animou em ir à praia. Guarda-sol fechado era o cenário, e agasalhos sobre biquíni eram o traje usado pelos que optaram por caminhar no calçadão ou tomar um café nas lanchonetes do centro, em frente o shopping. O engenheiro civil Luiz Antonio Dabus Maluf, 42 anos, preferiu ficar lendo um livro e observando a privilegiada paisagem que tem do 8º andar de seu apartamento. "As crianças estavam loucas para brincar na areia e entrar no mar, mas acho que só vamos sair depois do almoço", diz o engenheiro, que desceu para Pitangueiras com a esposa e os três filhos na quinta-feira. Para Maluf, no entanto, não faz tanta diferença o excesso de nuvens no céu. "O que importa é sair de São Paulo e ficar perto da natureza". As amigas Maria Carolina Pedi e Raquel Perroni, ambas de 20 anos, aproveitaram a manhã vendo o movimento no calçadão e colocando a conversa em dia. "Não tivemos nem coragem de tirar o biquíni da mala", confessa Raquel. Mas, para amanhã elas apostam no acerto da previsão do tempo. "A esperança é a última que morre", brinca Maria Carolina. Depois das duas da tarde, o sol finalmente deu ar de sua graça, mas depois das 4 já se perdia da areia em direção ao mar. O casal de namorados Caroline Romera e Marcelo Évola achavam que passariam o feriado dentro do apartamento, fazendo churrasco e jogando baralho. "Na hora que começou esquentar aproveitamos para sair e caminhar na praia", diz Évola. De acordo com ele, a relativamente baixa concentração de pessoas foi causada pelo mau tempo. "No final de semana passado, que nem era feriado, tinha mais gente". A estudante Juliana Piletti, 18 anos, abriu mão do protetor solar e abusou do bronzeador. "O mormaço está muito fraco, não vai dar para queimar nada", lamenta ela, que esperava um bronzeado para disfarçar o branco da pele deixado pelos meses de inverno. Para os vendedores ambulantes a esperança de sol significa dinheiro no bolso. "Não dá para vender nada com o tempo fechado assim", diz o sorveteiro Antonio Carlos da Silva, 61 anos. Mas o vendedor de roupas José Mendes, 36 anos, com a experiência de toda uma vida no litoral, pressente melhora no clima. "O vento está vindo do sul e vai levar a frente fria embora", afirma ele, para o bem de todos.

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