Mau uso do dinheiro público

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Concordo plenamente com os comentários do leitor sr. Antonio Petrin acerca do processo de recapeamento e sua subseqüente parcial destruição (Serviço malfeito, 31/10). Além disso, mal o recapeamento é feito, começam a surgir pequenos buracos ou ondulações na superfície do asfalto, que evoluem para buracos, que são então muito mal remendados (tapa buracos). Na região de Perdizes, onde resido, houve um razoável volume de recapeamento e, uns 15 ou 20 dias depois, concessionárias, principalmente a Comgás, esburacaram o recapeamento recém-executado, remendando-o em seguida. Esse fato ocorreu nas Ruas Turiassu, Homem de Melo, Itapicuru, Monte Alegre. Já na Rua Franco da Rocha o volume de buracos foi de tal monta que, da Avenida Sumaré até a Homem de Melo, foi realizado novo recapeamento, após somente quatro meses do primeiro ter sido executado. A qualidade do serviço também deixa a desejar. A Avenida Sumaré é um exemplo da baixa qualidade do recapeamento. Um trecho de quase 500 metros, na altura da Rua Ministro Godoy está todo defeituoso há mais de um ano; isso para não falar dos degraus entre o asfalto e as bocas-de-lobo. Na resposta dada ao sr. Petrin pelo secretário das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, este alega que os serviços realizados por concessionárias logo após recapeamentos são emergenciais e que a reposição deve ser feita conforme a lei. Mas parece não haver fiscalização da qualidade do serviço, o que pode ser comprovado pela má qualidade da reposição asfáltica. É realmente omissão e irresponsabilidade no trato do dinheiro público. MAURÍCIO SANGER São Paulo Saúde pública à deriva Sou mãe e tive que ver meu filho Alexandre Ramos num leito de hospital por uma semana, pois lá não havia médico para operá-lo. Ele sofreu um acidente de moto no dia 13/10, na Avenida Guarapiranga. Por volta das 18 horas ele foi socorrido e levado para o Hospital Regional Sul. No dia 20, sete dias depois, ele passou por uma cirurgia. Durante o período de espera, aplicaram-lhe uma anestesia para que sentisse menos dor. Não sou médica, mas creio que essa não é a maneira correta de tratar uma pessoa acidentada, com fratura exposta. Passada essa primeira etapa, meu filho, enfim, teve alta. Apesar de estar em casa, ele ainda precisa de cuidados médicos. Procurei a Unidade Básica de Saúde Santa Margarida, que fica perto de casa, em busca de uma enfermeira que fizesse os curativos necessários e diários. Fui na quarta-feira, dia 22. No dia seguinte, uma auxiliar de enfermagem veio a minha casa e disse que não faria os curativos e ficou de retornar no mesmo dia com uma resposta. Como isso não ocorreu, voltei ao posto e falei com a gerente sobre o assunto. Ela fez um encaminhamento para vir uma enfermeira na minha casa no mesmo dia. A enfermeira e a agente de Saúde estiveram em casa e disseram que eu deveria levar meu filho ao hospital. Os curativos só seriam feitos, informou a enfermeira, caso eu me responsabilizasse. Moro sozinha, minha casa tem escadas, meu filho não pode pôr os pés no chão e não tenho como carregá-lo. De certa forma, a enfermeira se negou a fazer seu trabalho. Sou obrigada a pagar inúmeros impostos e, quando realmente preciso do governo, não tenho auxílio, assim como a maioria da população pobre. Estou desesperada e desiludida, não tenho como locomover meu filho nem como pagar o serviço diário de uma enfermeira particular. Cabe a mim perguntar aos senhores responsáveis pela saúde pública o que devo fazer. CREUZA DE JESUS DIAS LOPES São Paulo A Secretaria Municipal de Saúde informou que vai apurar criteriosamente o ocorrido na Unidade Básica de Saúde Santa Margarida. E que o Hospital Regional Sul não pertence à Secretaria. ANA PAULA LOPES, da Assessoria de Comunicação Secretaria Municipal da Saúde Trânsito complicado A condição do trânsito na Rua Alcântara, na Vila Maria Baixa, está péssima. Ela é usada como "rota alternativa" por veículos que se dirigem à cidade pela Rodovia Presidente Dutra, e vira um verdadeiro "inferno". Transitam caminhões de grande porte, ônibus e tudo mais. E como há uma universidade próxima, os alunos estacionam seus veículos sem critério, muitos com rodas nas calçadas, colados uns aos outros, dificultando o acesso às residências. Outro fator preocupante é a falta de sinalização no cruzamento da Alcântara com a Guaranésia, onde ocorrem acidentes constantes. LAERT PINTO BARBOSA São Paulo ESCLARECIMENTO: A reclamação do leitor foi encaminhada à CET em 26/9, que não se manifestou. As cartas devem ser enviadas para spreclama.estado@grupoestado.com.br, pelo fax 3856-2940 ou para Av. Engenheiro Caetano Álvares, 55, 6.º andar, CEP 02598-900, com nome, endereço, RG e telefone, e podem ser resumidas. Cartas sem esses dados serão desconsideradas. Respostas não publicadas são enviadas diretamente aos leitores.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.