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Mecânico mata rapaz e enterra na própria oficina

Por Agencia Estado
Atualização:

Para vingar o assassinado do filho, há quase três anos, o mecânico baiano Almezinho Nunes da Silva, de 55 anos, conhecido por "Bebê" matou o feirante Draus Cassemiro dos Santos, o "Menininho", na época com 25 anos. Enterrou o cadáver de cabeça para baixo no chão da oficina, na Rua José Eid Maluf, 245, na Vila Joaniza, zona Sul e cimentou o local. A polícia só descobriu o crime, ontem à noite, ao receber uma denúncia anônima e estourar o local, onde também funcionava um desmanche. "Bebê" estava preso no 43º DP Cidade Ademar por receptação. Há uma semana, no dia 4 deste mês, ele foi apanhado na Av. Yervant Kissargikian, no mesmo bairro, dirigindo uma Perati roubada. Afirmou ter comprado o carro e a polícia o considerou receptador. Ontem à tarde, porém, alguém ligou para o delegado de plantão no 80º DP Vila Joaniza e contou que ele havia praticado um homicídio. Nos arquivos daquela delegacia há o registro do desaparecimento de "Menininho", em 27 de março de 2000. Depois de nove horas escavando o pátio da oficina, 12 soldados do Corpo de Bombeiros encontraram, sob um área cimentada, a ossada humana, com duas perfurações no crâneo e as mãos e pernas amarradas. Almezinho confirmou a autoria e contou que cometeu o homicídio para vingar o assassinato de um filho. Draus havia brigado com o rapaz por causa de uma mulher e o matou com tiros. Ao descobrir o autor, Almezinho o seqüestrou e o levou à oficina. Amarrou suas mãos e pés. Depois, o atingiu com dois tiros na cabeça e o enterrou, cimentando o local em seguida. Desde então, os familiares de "Menininho" estavam à sua procura e aqueles que sabiam da autoria do crime jamais denunciaram o mecânico por temerem represália. Ao saberem de sua prisão, porém, resolveram revelar o fato. Desmanche Além do esclarecer um crime ocorrido há quase três anos, os PMs descobriram que na oficina funcionava um desmanche de autos. Foi encontrado um Ômega semi-desmontado, várias peças de carros e três Gols de modelo antigo também parcialmente depredados. Um filho do mecânico, de prenome Fernando, que trabalha numa empresa de vigilância noturna, está sendo procurado pela polícia. Segundo denúncia, ele pode ser comparsa do pai.

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