Médico assassinado foi enterrado hoje em Santos

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Por Agencia Estado
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O médico Marcos Lopes de Paiva, de 26 anos, assassinado na madrugada de ontem, no bairro do Macuco, em Santos, foi enterrado na manhã de hoje, na Memorial Necrópole Ecumênica. O clima era de dor e revolta entre familiares e amigos do médico, que deveria casar-se hoje, às 18h30, com a médica pediatra Roberta Chibly, depois de um namoro de seis anos. Abalados e sob efeito de tranqüilizantes, os pais e a noiva do rapaz deixaram o cemitério sem dar entrevistas. Mas os muitos amigos do casal não se conformavam com a brutalidade do crime. Marcos foi executado com um tiro na nuca, após participar de uma "despedida de solteiro", em uma casa noturna localizada em frente à praia, onde a comemoração se estendeu até as 4 horas. O carro da vítima, um Golf azul, foi localizado a quilômetros de distância do corpo, na manhã de ontem, no bairro do Campo Grande. Não havia marcas de sangue no veículo, que estava estacionado sobre a guia, com a chave no contato. Apenas o telefone celular do médico desapareceu. Carteira, dinheiro, talão de cheques, cartões de crédito e documentos encontravam-se no local. A hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) não foi inteiramente descartada pela Polícia, que também investiga a possibilidade de crime passional. Segundo informaram hoje os policiais do 4º Distrito Policial, onde a ocorrência foi registrada, uma testemunha teria visto dois homens junto com Marcos, dentro do carro, na Rua Padre Anchieta, pouco antes da execução. O desaparecimento do telefone celular é o que mais tem intrigado a Polícia, uma vez que o aparelho pode ter sido subtraído para evitar o rastreamento das últimas ligações dadas e recebidas pelo médico. Independente do aparelho, todos os telefonemas já estão sendo rastreados e podem ser a chave do esclarecimento do crime, que chocou não só amigos e parentes da vítima, mas a população de Santos, porque o médico era muito querido nos locais onde trabalhava. Além de dar plantões em vários hospitais da Baixada Santista, ele fazia residência na área de Cirurgia Geral na Santa Casa de Misericórdia de Santos.

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