Médico brasileiro é libertado no Líbano após 7 dias

Mohamad Kassen Omais foi acusado de ‘adulteração de seu passaporte libanês’ e ligação com terroristas

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Por Agências internacionais
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O pediatra brasileiro Mohamad Kassen Omais, de 45 anos, foi solto nesta sexta-feira, 22, no Líbano, após sete dias na prisão, segundo informou a BBC Brasil. O Itamaraty confirmou a informação, mas afirmou que o ministério de relações exteriores ainda não recebeu nenhum comunicado oficial. Omais havia sido acusado pelo governo de ‘adulteração de seu passaporte libanês’ e estava sendo investigado por uma possível relação com atividades terroristas. Veja também: Médico brasileiro detido no Líbano é pediatra conceituado Médico brasileiro é transferido de prisão especial no Líbano Em entrevista, Omais declarou estar aliviado pelo fim do que chamou de "pesadelo". "Agora tudo o que quero é voltar ao Brasil e continuar com minha vida e meu trabalho", disse o brasileiro. "Nestes sete dias, eu só pensava na minha família e em como a situação devia estar fazendo um mal grande para eles", completou o pediatra, que deixou a prisão acompanhado de seu pai. Segundo o cônsul-geral do Brasil em Beirute, Michael Gepp, o juiz libanês que cuidava do seu caso entendeu que Omais era inocente da acusação por adulteração de passaporte e que teria sido vítima de má fé de um primo, Zuheir Omais. O primo teria usado o passaporte do médico para viagens à Síria que, segundo fontes das forças de segurança libanesas, estariam relacionadas com atividades terroristas. Segundo a polícia libanesa, Zuheir está sendo procurado e estaria foragido no Brasil. A mulher de Omais, Gisele do Couto Oliveira, disse que recebeu a notícia da liberação de seu marido com muita felicidade. "Nossos três filhos ficaram muito felizes, eles já sentiam muito a falta do pai", disse. "Eu sabia que tudo não passava de um mal entendido. Sempre acreditei na inocência do meu marido", completou ela. Omais foi preso quando desembarcava, juntamente com a mulher, no aeroporto de Beirute, no dia 15 de fevereiro. O caso de Omais chegou a envolver o ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que conversou na quinta-feira com o ministro da Justiça do Líbano, Charles Rizk, e pediu sua intervenção no caso. Gepp disse à BBC Brasil que a libertação teria sido "uma grande vitória de Celso Amorim em Buenos Aires". (Colaborou Talita Eredia, do estadao.com.br)

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