Médico diz que remoção de estudante foi "salvadora"

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Por Agencia Estado
Atualização:

O diretor-médico do hospital Casa de Portugal, Carlos Alberto Chiesa, que atendeu nesta segunda-feira a estudante Luciana Gonçalves de Novaes, de 19 anos, disse que o procedimento de remoção feito pelos alunos e funcionários que estavam perto dela na hora do tiroteio foi ?salvador?, mesmo sem a jovem ter sido imobilizada adequadamente. ?O transporte rápido permitiu que ela pudesse ser entubada e não tivesse uma parada cardíaca?, afirmou. ?Se tivessem aguardado mais alguns minutos para a remoção, ela poderia ter chegado morta. Dentro da situação dramática, não agiram errado, mas em caso de lesão na coluna, sempre que possível é recomendável a imediata imobilização.? Ele disse ainda que é impossível saber o quanto a remoção agravou o estado da estudante. Minutos após o tiroteio em uma das lanchonetes da Universidade Estácio de Sá, a estudante foi carregada sem aparelhos de imobilização até o hospital, que fica em frente ao campus, na Rua do Bispo, no Rio Comprido, zona norte. O estudante Carlos José Seabra Cesário, de 22 anos, foi um dos que socorreram Luciana. Ele disse que tudo foi muito rápido, e as pessoas que estavam na lanchonete não tiveram para onde correr, quando ouviram os disparos. ?Não tinha esconderijo. A gente ficou encostado na parede e alguns se jogaram no chão. Vimos a Luciana caída e puxamos ela para fugir da linha de tiro.? Angélica da Silva, de 22 anos, também estava perto de Luciana na hora do tiroteio. Ela reclamou da forma como a estudante foi removida. ?Isso pode ter prejudicado. Ela estava estirada no chão e não tinha uma maca por perto. Eu estava de frente para ela e vi que só mexia os olhos. Foi horrível.? Veja o especial:

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