A delegada titular da 14ª DP do Rio de Janeiro,Tércia Amoêdo, abriu nesta segunda-feira, 6, um registro de ocorrência para apurar o caso em que médico obstetra se recusou a atender três grávidas no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na zona sul do Rio.
O médico, que não teve o nome revelado, pode ser acusado por homicídio culposo, doloso ou apenas por negligência. Segundo o inspetor da 14ª DP André de Oliveira, é necessário aguardar os resultados de exames que comprovem se a criança nasceu morta ou se morreu após o parto. "Se os exames apontarem que o bebê nasceu morto, o médico não vai ser acusado de homicídio, mas de negligência", diz.
Uma das mulheres com sinais de descolamento prematuro de placenta, que foi ao hospital na última quinta-feira, 2, teria sido mandada de ônibus a uma maternidade na zona norte. Com uma caneta, o obstetra rabiscou no braço dela o nome da Maternidade Fernando Magalhães, em São Cristóvão, e os números das linhas de ônibus que ela deveria tomar.
Manuela Costa, de 29 anos, chegou à maternidade e foi submetida a uma cesariana de emergência. O bebê morreu e ela permanece internada. Outras duas mulheres também receberam o mesmo "tratamento" ao procurarem o obstetra no Hospital Miguel Couto. Elas não tiveram complicações nos partos e foram liberadas.