16 de julho de 2010 | 18h18
RIO - O medo de que a ex-amante assassinada do goleiro Bruno Fernandes, Eliza Samudio, levasse a imprensa até o centro de treinamento do Flamengo, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste, teria sido o estopim para a concretização do crime. A suspeita é do motorista de ônibus responsável por tornar pública a existência do menor J.
Segundo ele, dois irmãos do adolescente presenciaram um diálogo por telefone entre Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Eliza, um fim de semana antes do desaparecimento da jovem, em junho. "A Eliza insistia para que o Bruno fizesse o DNA e disse para o Macarrão que se o exame não fosse realizado naquela semana, levaria a imprensa até o Ninho do Urubu, durante o treino. Após ouvir a ameaça de Eliza, Macarrão desligou o telefone e disse que ia acabar com a vida dela", contou o tio, segundo relato dos dois jovens.
De acordo com ele, por causa do telefonema, os dois adolescentes tiveram de antecipar a volta para casa. "Eles passariam o fim de semana na casa do Bruno, mas o Macarrão ficou tão nervoso, que mandou eles embora mais cedo", disse o motorista. Segundo ele, a decisão de tornar pública a existência de J. foi para preservar a sua própria vida. "Se eu não contasse que o menor tinha me relatado, eles podiam acabar comigo. Achei melhor levar o caso à imprensa, para que a polícia fizesse alguma coisa", disse em entrevista ao Estado.
Hoje, a noiva de Bruno, Ingrid Oliveira, e uma suposta amante do goleiro Fernanda Gomes Castro, de 31 anos, não compareceram ao depoimento agendado pela polícia do Rio. Segundo seus advogados, elas se comprometeram a depor na próxima semana. As duas serão ouvidas a pedido da Delegacia de Homicídios de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
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