Melhora ocupação de imóvel comercial de alto padrão em SP

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Por Agencia Estado
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Pela primeira vez nos últimos dois anos, o mercado de escritórios de alto padrão de São Paulo, voltados para locação, registrou saldo positivo. Pesquisa periódica da consultoria imobiliária anglo-americana Jones Lang LaSalle constatou que 51 mil metros quadrados de escritórios classe AA e A foram alugados durante o terceiro trimestre na capital paulista. Considerando que não haverá grandes desocupações em edifícios classe AA e A até o final do ano, a perspectiva da consultoria é de que a absorção alcance níveis superiores a 80 mil metros quadrados úteis para classe AA e A, podendo chegar a 100 mil metros quadrados em 2003. A pesquisa constatou que somente nos edifícios classe AA já existe um volume locado e ainda não ocupado de, pelo menos, 26 mil metros quadrados úteis. A tendência é de que a taxa de vacância, no entanto, ainda permaneça em níveis elevados, devido ao grande volume do novo estoque entregue nos últimos anos e pela maior demanda ocorrer por empresas mudando de espaços e não em expansão. No terceiro trimestre do ano as duas classes registraram queda na taxa de vacância. Para a classe AA a taxa caiu de 31,63% para 27,39% e, para a classe A, passou de 19,06% para 17,96%. "No entanto, podemos sinalizar uma melhora para os próximos anos, uma vez que, o novo estoque previsto para os próximos dois anos deverá representar menos da metade do entregue em 2003. Com isso, o mercado deverá tomar fôlego para se recuperar e chegar a níveis razoáveis de vacância até o final de 2005", afirma a consultoria. A absorção líquida acumulada nos três primeiros trimestres do ano já soma um saldo positivo de aproximadamente 51 mil m² úteis para a classe AA e A juntas. "Em comparação com o mesmo período de 2002, esse é um número bastante animador e já pode ser comparado com a média absorvida entre os anos de 1996 e 1998", ressalta a pesquisa. A consultoria destaca que desde o segundo trimestre de 2003, apesar de ter sido apontado um irrisório saldo positivo de 9 mil m², a absorção líquida já indicava um crescimento para os próximos trimestres devido ao volume de espaços locados e ainda não ocupados. A consultoria ressalta que o mercado sofreu duramente, desde 2001, os efeitos da instabilidade econômica instalada no período eleitoral, os ataques terroristas e a Guerra do Iraque. "Somente no início deste ano é que os resultados se mostraram positivos, mesmo que timidamente. Segundo a Jones Lang LaSalle, o crescimento da confiança no governo Lula e a grande oferta de espaços vagos tem encorajado algumas empresas a mudarem para espaços maiores, pois o momento atual é favorável ao inquilino. "Cerca de 75% das empresas que locaram escritórios de alto padrão no terceiro trimestre simplesmente mudaram-se para edifícios mais avançados em termos técnicos e arquitetônicos", afirma o relatório.

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