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Membros de grupo que desviava combustível são presos no Rio

Cinco bandidos do bando, que desviou milhões de litros, continuam foragidos

Por Agencia Estado
Atualização:

Oito prestadores de serviço da Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) foram presos nesta terça-feira sob acusação de pertencer à quadrilha que roubava combustível dos tanques da unidade da Petrobras. Um deles trabalhava como vigilante e os demais eram da equipe da limpeza. Outras cinco pessoas estão foragidas. Segundo a polícia, o grupo desviou milhões de litros de combustível. Doze policiais, coordenados pelo delegado André Drumond, da delegacia de Campos Elísios, partiram para efetuar as prisões às 5h30 munidos de treze mandados judiciais. Seis pessoas foram encontradas em casa (na Baixada e na zona norte do Rio); duas estavam de plantão na refinaria. No dia 21 de junho, outros três prestadores de serviço já haviam sido presos, em flagrante, por roubar 20 mil litros de gasolina. Todos envolvidos tiveram a prisão preventiva decretada e responderão por roubo, crime ambiental, formação de quadrilha e crime contra a ordem econômica. Vazamento As cinco pessoas que não foram localizadas em suas residências podem ter sido beneficiadas pela veiculação, através da página do Tribunal de Justiça do Rio, da informação de que os mandados haviam sido expedidos pelo juiz Antônio Carlos Arrabida, da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias - desde a noite de segunda-feira. Antes da operação era possível ver a indicação ´mandado de prisão/prisão preventiva´ ao digitar os nomes dos acusados. O TJ informou que todos os dados das ações são digitalizadas e disponibilizadas ao público, a menos que haja pedido de sigilo por parte da polícia ou do Ministério Público, o que não ocorreu. A polícia fará novas operações em busca dos foragidos. O esquema A quadrilha retirava combustível da Reduc de duas formas: por vezes, usava caminhões a vácuo, que têm um mecanismo que suga o material; em outras, colocava mangueiras, as conectava a caminhões comuns e retirava o material com o auxílio de bombas. Cada envolvido receberia entre R$ 250 e R$ 600 por ação, para participar do esquema. Segundo o delegado Drumond, eles podem ter agido por pelo menos 24 vezes - o total roubado é avaliado em cerca de R$ 1 milhão. As investigações mostram que os vigias faziam vista grossa para a passagem dos caminhões carregados de combustível e que o pessoal da limpeza agia diretamente, conectando os tanques e os veículos. Estes seriam de empresas de limpeza que prestam serviço à Petrobras. Os funcionários estariam praticando crimes desde abril, pelo menos - por vezes, chegavam a retirar combustível mais de uma vez no mesmo dia. Os envolvidos Entre os presos desta terça-feira está João Francisco da Silva Neto, um dos líderes do grupo, de 36 anos, da empresa de limpeza Limpind. Em sua casa, havia uma pistola. Também estavam em casa: Ideraldo da Silva, de 36 anos (que foi vigia da Reduc); Marcelino Paiva, de 42; Sergio Vasconcelos, de 46; Lourival Silvano dos Santos Junior, de 33; Kleber Gomes, de 26. Já Ednaldo Meireles, de 33, e Ubiraci Silva, de 50, foram capturados na Reduc, trabalhando. Estão foragidos: Daniel Santana Rocha, de 30; Cosme Nogueira, de 42; Josias do Nascimento Silva, de 27; Erik Gomes de Oliveira, de 28; Rivaldo Antônio de Melo, de 39. O inquérito já foi remetido à Justiça.

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