Membros de quadrilha de emigração ilegal são presos

Três pessoas foram presas em Macaé (RJ), Rio das Ostras (RJ) e Governador Valadares (MG)

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Por Agencia Estado
Atualização:

Três pessoas foram presas nesta terça-feira pela Polícia Federal (PF) sob acusação de participar de uma quadrilha especializada na emigração ilegal de mulheres e crianças para os Estados Unidos. Participaram da operação, denominada Mar Egeu, 161 policiais no Rio, em Minas, no Espírito Santo e em Santa Catarina, em cumprimento a seis mandados de prisão e 44 de busca e apreensão. Os acusados foram presos em Macaé (RJ), Rio das Ostras (RJ) e Governador Valadares (MG). Em nota, a PF afirmou que "o esquema seria comandado por alguns funcionários da Petrobras, com o envolvimento de parentes, amigos ou até mesmo desconhecidos, que tinham seus nomes, CPFs e identidades utilizados para a formação de famílias fictícias". A assessoria de imprensa da Petrobras negou a acusação e considerou "mero acaso" o fato de haver dois funcionários entre os acusados. Para a empresa, se trata de um "caso isolado" e nenhum mecanismo ou o nome da estatal foram utilizados para a obtenção de documentos falsos. A Petrobras informou que os acusados são um técnico de segurança industrial no Espírito Santo e outro funcionário sem posição de gerência ou comando. A reportagem tentou entrevistar o delegado responsável pela operação, mas a assessoria de imprensa da PF informou que não seria possível. Agentes da PF são suspeitos de participar do esquema. De acordo com a investigação, iniciada em agosto de 2003, servidores da estatal teriam fornecido dados a policiais federais para a emissão de passaportes ideologicamente falsos ou adulterados, que seriam usados para possibilitar a entrada irregular nos EUA. Foram identificados agenciadores e financiadores que levariam os brasileiros ilegalmente pelo México e pela Guatemala. O "pacote completo" incluiria travessia e passaportes. Os integrantes da quadrilha serão indiciados pela PF sob acusação de formação de quadrilha, falsidade ideológica, corrupção e tráfico de crianças. As penas podem chegar a 14 anos de reclusão. Os nomes dos acusados não foram divulgados.

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