PUBLICIDADE

Menina de 5 anos é encontrada trancada em quarto

Por Agencia Estado
Atualização:

Sozinha, dentro de um quarto fechado e sem luz, a menina C.M.O.P., de cinco anos, se assustou com um incêndio que acontecia a 100 metros de sua casa, no Jardim Andorinhas, e começou a gritar. Os gritos chamaram a atenção dos bombeiros que combatiam o fogo, no Parque Ecológico de Campinas, nesta quarta-feira à tarde. Eles arrombaram a porta da casa e encontraram a criança chorando, trancada no quarto. A menina foi levada para o 5º Distrito Policial, onde a polícia registrou uma ocorrência de averiguação de negligência. C.M.O.P. vive com a avó, a diarista Maria das Neves Fraga de Oliveira, que obteve sua guarda há quatro anos porque os pais não tinham condições de criá-la. Ao chegar em casa, no final da tarde desta quarta-feira, Maria das Neves encontrou a neta com os policiais. A avó disse à polícia que a menina devia estar com um tio, de 17 anos, e não soube explicar por que ele não estava em casa. Depois de depor, assinou um termo de responsabilidade e obteve autorização da polícia para ficar com a neta. Maria das Neves disse que não pode deixar a menina na creche porque não consegue buscá-la a tempo no final do expediente. Acrescentou que a neta só fica sozinha às quartas-feiras, quando se desloca para uma cidade vizinha, Valinhos, para trabalhar. Nos outros dias, conforme a avó, a neta vai com ela para o trabalho. Os bombeiros disseram que não havia água no quarto e que a luz estava apagada. Segundo o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente de Campinas, que está acompanhando o caso, a avó será chamada para depor. ?É uma situação de negligência que tem de ser averiguada?, disse o conselheiro Jaime de Oliveira Santos. Santos disse que a menina não pode ser deixada sozinha. ?Temos que saber qual é o problema e buscar uma solução compatível?, alegou, como manter a criança em uma creche de horário mais flexível. Segundo o conselheiro, o afastamento da criança de seus parentes somente deve ocorrer em casos extremos, se não houver outra solução.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.