Um estudante de 12 anos matou o amigo Diogo Cavalcante Soares, da mesma idade, com um tiro de pistola, na tarde de hoje, na Vila da Penha, zona norte. A arma, uma Glock 9 mm, pertence ao pai do estudante L.G.S., um ex-policial militar, e disparou quando as crianças brincavam com ela. L.G.S. entrou em desespero quando percebeu que o amigo estava morto e pensou em se matar. Ele foi detido por bombeiros e sedado. L.G.S e Diogo saíram do Colégio Atenas e seguiram para casa - eles eram colegas na 5.ª série e vizinhos. Como os pais de L. estavam trabalhando, o menino aproveitou para mostrar a arma do pai ao amigo. O menino carregou a arma, que acabou disparando. A bala atingiu Diogo no pescoço e saiu pela cabeça. O menino morreu na hora. L.G.S ligou para sua mãe, Marina Gemaque de Souza, que chamou os bombeiros e seguiu para casa. "Quando foi informado de que o amigo estava morto, o estudante tentou suicidar-se. Ele foi sedado pelos bombeiros", contou o delegado Reginaldo Guilherme, titular da 38.ª DP (Brás de Pina). De acordo com o delegado, L.G.S. será encaminhado à 2.ª Vara da Infânica e Juventude. O delegado informou ainda que abrirá inquérito, para apurar a responsabilidade do ex-policial militar Vanderci Gemaque de Souza. "Quero saber se houve falha na cautela da arma por parte de Vanderci", disse Guilherme. O pai de L.G.S. contou que foi policial militar durante 20 anos e pediu baixa da corporação para atuar na marinha mercante. Atualmente, Souza trabalha como segurança. "Ele garantiu que não trabalha armado", disse o delegado. Os pais de Diogo passaram o dia no apartamento e não compareceram à delegacia. "Eles estão muito abalados, é uma tragédia muito grande: o meninos eram amigos, estudavam na mesma escola, moravam no mesmo prédio, as famílias se conhecem", enumerou Guilherme. Ele deve ouvir os pais de Diogo nos próximos dias.