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Menos é mais na primavera-verão do Fashion Rio

Primeiros desfiles são marcados pela discrição e pelos tons pastéis

Por Fabiana Cimieri
Atualização:

A primavera-verão não vai ser tão "over" quanto na temporada anterior, se depender das primeiras grifes a desfilarem no 13º Fashion Rio. Na nova proposta, saias e vestidos não serão mais tão curtos, as bolsas enormes desaparecerão e os tons pastéis reinarão. Mas os babados, as mangas românticas, as saias godês e os shorts balonês continuam com mais força do que nunca. Veja galeria de fotos A exuberância latina foi a tônica do desfile de Thais Losso, ex-estilista da Cavalera e da Sommer, que pela primeira vez se apresentou no Fashion Rio com marca própria. Ela levou dez looks exuberantes, misturando texturas e estampas. A modelagem dos vestidos e saias tinha um toque retrô. O comprimento no meio da coxa, não muito curto, e a cintura marcada eram levemente inspirados na década de 1950. Um dos destaques foi o vestido de cetim amarelo com flores bordadas e barra dourada. Todas as modelos usavam sandálias de salto-agulha com apliques florais de tricô. Os cabelos compridos e usados naturalmente e a maquiagem de Carlos Carrasco chamavam a atenção. Thais Losso fez um desfile desapegado das tendências mundiais, mas inspirado em ícones latino-americanos, como Frida Kahlo, Sônia Braga e a novela Betty, a Feia. A estilista se apresentou no meio da Marina da Glória. Ficou um pouco confuso, porque, como não havia passarelas nem cadeiras, convidados e jornalistas amontoavam-se para assistir a cada entrada das modelos. TROPICÁLIA A Virzi veio com uma coleção feminina e jovial, inspirada na boneca de madeira russa matrioshka. A Totem se inspirou no movimento hippie e em 2009 aposta no tropicalismo, numa apresentação coreografada pela diretora teatral Bia Lessa. Os 30 looks trouxeram muita estamparia, em chamois, linho e tricô. Um dos pontos altos foi a simulação de um casamento, com base nas imagens do casamento de Caetano Veloso. Algumas modelos vieram com o cabelão armado, à Gal Costa, dando a senha de que a ditadura da chapinha terminou. Numa atmosfera de sonho e romantismo, em cenário de piquenique, a Santa Ephigênia fez um desfile inspirado na Copacabana dos anos 1970. Segundo o estilista Luciano Canale, a idéia foi criar uma coleção "sofisticadamente despretensiosa". Ele usou tecidos naturais, como seda e linho, e cores fortes, como pink e amarela.

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