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Mesa diretora da Câmara foi eleita com propina, diz corretor

Por Agencia Estado
Atualização:

O corretor Marcos José Cândido da Silva afirmou que os donos da Viação Cidade Tiradentes podem ter dado propina a vereadores da Câmara Municipal de São Paulo para a eleição da Mesa Diretora, no fim do ano passado. Para isso, teria sido utilizada parte dos R$ 11,5 milhões injetados na empresa pela SPTrans. A revelação consta de depoimento prestado nesta quinta-feira por Silva, que está preso, à força-tarefa formada pelos Ministérios Públicos Federal e Estadual. Ele disse que o antigo proprietário da Cidade Tiradentes, Leonardo Capuano, reconheceu ter contribuído com quase R$ 600 mil para a eleição do atual presidente da Câmara, Arselino Tatto (PT). Um vereador teria recebido dinheiro para mudar seu voto em favor de Tatto. No depoimento, Silva também afirmou que Capuano deixou claro para o atual proprietário da empresa, Samy Gelman Jaroviski, que também está preso, que, para se manter no mercado, ele deveria pagar propina a políticos e diretores do Sindicato dos Motoristas e Cobradores da capital. Silva afirmou ainda que a empresa seria obrigada pelo sindicato a pagar uma propina semanal de R$ 300 mil para poder funcionar.

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