Mesa Diretora da Câmara envia caso Flordelis ao Conselho de Ética

Relatório foi aprovado por unanimidade e Conselho de Ética analisará o caso; deputada é acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo

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Por Pedro Caramuru
Atualização:

A Mesa Diretora da Câmara aprovou por unanimidade a admissibilidade do relatório contra a deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do pastor e marido Anderson do Carmo. O parecer do corregedor da Casa, o deputado federal Paulo Bengtson (PTB-PA), segue agora para ser analisado pelo Conselho de Ética da Câmara.

A parlamentar, que é pastora evangélica e cantora gospel, é considerada pela Polícia Civil do Rio a mandante do assassinato domarido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019 Foto: Wilton Junior/Estadão

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“A deputada não apresentou as provas contrárias àquilo que está sendo acusada, o que nós julgamos quebra de decoro. Demos a admissibilidade do processo e seguimento para o Conselho de Ética, que vai fazer a análise de que punições ela [Flordelis] poderá ter”, afirmou Bengtson.

Conforme relatou Bengtson, o presidente da Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), assumiu o compromisso de colocar em votação na próxima semana a retomada, de forma remota, das atividades tanto do Conselho de Ética, quanto de outras quatro comissões permanentes.

Próximos passos

Com a decisão da Mesa Diretora, o processo segue para o Conselho de Ética da Câmara, colegiado responsável por analisar a conduta dos parlamentares e recomendar a cassação. Após esta análise, caberá ao plenário decidir se a acusação de assassinato é ou não motivo para perda do mandato.

O caso Flordelis

A parlamentar, que é pastora evangélica e cantora gospel, é considerada a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em 16 de junho de 2019 ao chegar em casa, em Niterói. Ele tinha 42 anos.

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Em 24 de agosto, Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) por quatro crimes consumados e um tentado: homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, associação criminosa, uso de documento falso e falsidade ideológica. Sete filhos e uma neta de Flordelis, também denunciados pelos crimes, estão presos.

Com imunidade parlamentar, ela não foi presa, mas passou a usar tornozeleira eletrônica após decisão da Justiça do Rio. 

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