Metrô de São Paulo poderá parar na sexta-feira

Assembléia aprovou a paralisação, mas nesta quarta-feira, a empresa e os trabalhadores devem participar de uma audiência para tentar chegar a um acordo

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os metroviários prometem parar todas as linhas de São Paulo a partir da zero hora de sexta-feira. A decisão foi tomada no início da noite desta sexta-feira em uma assembléia na sede do sindicato, na zona leste. Segundo a direção da entidade, a greve deve afetar 2 milhões de passageiros e, apesar de poucos trabalhadores terem participado da votação, os sindicalistas acreditam que toda a categoria vai aderir ao movimento. A paralisação foi decidida em protesto contra a instalação de cabines para compra e recarga do bilhete único, usado nos ônibus municipais e em parte da rede de transporte sobre trilhos. Os metroviários acreditam que, posteriormente, os guichês serão usados para vender bilhetes do metrô. "Os funcionários que vão trabalhar no novo equipamento serão terceirizados. Eles deveriam ser concursados e receber todo os benefícios trabalhistas", disse o diretor do sindicato, Manuel Xavier Lemos Filho. As reivindicações foram levadas ao Ministério Público do Trabalho. Nesta quarta-feira, a empresa e os trabalhadores devem participar de uma audiência no MP para tentar chegar a um acordo. Segundo o Metrô, não é objetivo da companhia terceirizar os serviços de venda dos bilhetes dos trens, mas ampliar as receitas não tarifárias. A empresa alega que a adoção do bilhete único possibilitou a locação de espaços nas estações (mediante licitação) para empresas credenciadas pela São Paulo Transporte (SPTrans) para vender e recarregar o cartão.

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