Metroviários ameaçam deixar população sem trens a partir de 6ª feira

Categoria protesta contra instalação de cabines para recarga do Bilhete Único

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Por Agencia Estado
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Mais de 2 milhões de paulistanos poderão ser prejudicados a partir de sexta-feira, dia 10, caso os metroviários da capital paulista decidam entrar em greve. A categoria protesta contra o início da instalação, nas estações da linha 2 (Ana Rosa - Vila Madalena), cabines de um metro de largura por três de comprimento, onde irão funcionar os postos de recarga do Bilhete Único. Posteriormente, segundo os metroviários, essa cabines seriam usadas inclusive para a venda de bilhetes. Em nota, a direção do Sindicato dos Metroviários afirma que "além de estarem submetidos a péssimas condições de trabalho, as pessoas que irão trabalhar ali, a partir de sexta-feira, serão terceirizadas, sendo privadas de receber os direitos que lhes seriam garantidos se fossem concursados". Na segunda-feira, sindicalistas estiveram no Ministério Público do Trabalho e protocolaram uma representação contra a Companhia do Metropolitano (Metrô) de São Paulo, com o objetivo de barrar "este processo de privatização predatória", assim chamadas as mudanças que vêm sendo implementadas pelo governo do Estado. Está marcada para esta terça-feira, às 18h30, na sede do sindicato, no Tatuapé, zona leste da cidade, uma assembléia para se organizar a greve da categoria. Segundo os metroviários, a direção do Metrô e o governo estadual aproveitaram a integração dos transportes por ônibus, metrô e trem, via Bilhete Único, para retomar o projeto de terceirização dos serviços públicos. "A necessidade de os bilhetes serem recarregados foi o gancho para se instalar ´guichês-cubículo´ nas estações", afirma o sindicato.

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