Metroviários ameaçam parar na terça-feira

A paralisação é um protesto contra o Metrô, que prepara a concessão da Linha 4 (Luz-Vila Sônia) para a iniciativa privada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP)

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os metroviários ameaçam entrar em greve a partir da zero hora da próxima terça-feira, dia 4, deixando cerca de 2,8 milhões de paulistanos sem o transporte. A decisão foi tomada na noite de quarta-feira e em assembléia que reuniu diretoria e ativistas no Sindicato dos Metroviários. A paralisação é a alternativa escolhida para protestar contra o Metrô, que prepara a concessão da Linha 4 (Luz-Vila Sônia) para a iniciativa privada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). A licitação para o processo já está em fase inicial e mais de 70 editais foram retirados. A expectativa do Metrô é de que as propostas das empresas interessadas sejam abertas exatamente na terça-feira. No entanto, é provável que a data seja alterada porque o Tribunal de Justiça avalia se há irregularidades ou não na licitação. Para o Sindicato dos Metroviários, o metrô é um bem público que não pode ser privatizado pelo governo. Segundo a entidade, o projeto de PPP prevendo a concessão da Linha 4 por 30 anos é danoso à sociedade, ao Estado e aos trabalhadores. À noite, a reportagem não localizou representantes do Metrô para falar sobre a greve. O Sindicato dos Metroviários programou, para o restante da semana, atividades de mobilização junto aos 7.400 funcionários do sistema. Esclarecimento aos usuários serão feitos a partir de quinta-feira, quando um café com bolachas e o jornal do sindicato vão ser distribuídos nas estações Itaquera e Jabaquara. Por enquanto, não há negociação marcada entre categoria e Metrô. Na segunda-feira, os metroviários fazem assembléia para organizar a greve e definir se haverá operação em emergência.

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