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Metroviários de SP decidem adiar greve para dia 5

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 1.200 metroviários de São Paulo, reunidos em assembléia na noite desta segunda-feira, decidiram transferir a greve marcada para a zero hora desta terça-feira, para a zero hora do dia 5 de junho, terça-feira. A decisão foi tomada após o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) ter transferido o julgamento do dissídio coletivo da categoria que seria realizado hoje para às 11 horas do dia 4 de junho, segunda-feira. O adiamento do julgamento foi motivado porque a juíza revisora, Antonietta Rosa Lima Cunha Pedroso, pediu para se informar melhor a respeito do processo. Os juízes do TRT pediram também aos representantes do Sindicato dos Metroviários que suspendessem a greve e aguardassem julgamento. "A assembléia dos trabalhadores agiu com bom senso", destacou o presidente do Sindicato dos Metroviários, Onofre Gonçalo de Jesus. "Se entrássemos em greve agora o TRT julgaria apenas que a paralisação foi abusiva ou não", explicou. "O que nos interessa é que o tribunal julgue as nossas reivindicações e a manutenção do acordo coletivo", disse o presidente. "Na segunda, após o julgamento do dissídio, faremos nova assembléia e se o julgamento não for favorável à categoria nós cruzaremos os braços no dia seguinte" , garante Jesus. Na quarta-feira, dia 30, às 15 horas, os metroviários realizam manifestação na Assembléia Legislativa por melhorias salariais. Os metroviários reivindicam reajuste de 7,74%, 4,14% de produtividade e 7,86% de reposição da inflação referente ao período de maio de 1999 a abril de 2000. Na semana passada, o Metrô ofereceu 5,5% de reajuste, além de modificar algumas cláusulas do acordo coletivo. Na audiência de conciliação, na sexta-feira, o TRT propôs 7% de reajuste, 4% de produtividade, manutenção das cláusulas do acordo e estabilidade de 90 dias. A direção do Metrô não aceitou a proposta. Com o impasse, o TRT marcou o julgamento do dissídio coletivo.

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