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Metroviários de SP podem entrar em greve na quinta-feira

Eles querem aumento de salário e pedem readmissão de cinco funcionários

Por redacao
Atualização:

Os metroviários de São Paulo decidem em assembléia no final da tarde desta quarta-feira, se entram ou não em greve a partir da zero hora de quinta-feira, 14. De acordo com o Metrô, a categoria reivindica reajuste salarial de 3,09% e a realização de concurso para a contratação de novos funcionários. No dia 15 de maio os funcionários anunciaram a greve, mas desistiram após a realização de uma assembléia. A categoria, na ocasião, reivindicava a readmissão de cinco diretores sindicais dispensados na paralisação do dia 23 de abril. No dia 23 de abril, metroviários, motoristas e cobradores de ônibus começaram a trabalhar cerca de duas horas mais tarde em protesto à Emenda 3. De acordo com o sindicato, a paralisação teve a adesão de cerca de 90% dessas categorias. Na ocasião, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), classificou o ato como político e criticou a atitude dos trabalhadores. "É uma greve iminentemente política, para servir a sindicatos e não para servir nem à população e nem aos trabalhadores. E causa danos e prejuízos aos trabalhadores da nossa cidade e às pessoas que precisam do transporte para ganhar o seu pão de cada dia. É uma greve lamentável", afirmou o governador. Entenda o que é a Emenda 3 A Emenda 3 é um item incluído por parlamentares na legislação federal que criou a Super-Receita. Pela emenda, auditores fiscais ficariam proibidos de multar empresas prestadoras de serviços, mesmo se julgarem que esses contratos estejam disfarçados de relações empregatícias. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a emenda no dia 16 de março, mas o Congresso pode derrubar o veto e transformá-la em lei. Entidades acham que emenda representa uma agressão aos direitos trabalhistas - já que, em teoria, as empresas não teriam mais que respeitar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nas contratações.

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