Metroviários reclamam de agressões de passageiros

PUBLICIDADE

Por Daniel Gonzales
Atualização:

O aumento das brigas entre passageiros no metrô paulistano, por causa da superlotação de estações e trens, é sentido ''na pele'' pelos metroviários que trabalham nas 55 estações, por onde circulam 3,4 milhões de pessoas por dia. Eles também se tornaram vítimas dos passageiros mais irritados, segundo o Sindicato dos Metroviários. Benedito Barbosa, diretor da entidade, diz que a maioria dos casos é de xingamentos. Outro funcionário da segurança do Metrô diz que há agressões físicas e cita um caso na Estação Brás, em janeiro. ''Tentando organizar o fluxo de passageiros, o metroviário foi chutado e xingado.'' O presidente do sindicato, Wagner Gomes, fala que ''quem está de uniforme'' é que ''agüenta os desaforos''. ''Em uma estação grande, em horário de pico, possivelmente você vai encontrar funcionárias chorando por causa do stress.'' Esse clima, segundo ele, faz com que vários profissionais se desliguem da empresa necessitando de apoio psicológico. O Departamento de Segurança do Metrô registrou 8 ocorrências de lesão corporal entre passageiros em janeiro e 17 em fevereiro, um aumento de 112%. O Metrô lançou ontem uma campanha para tornar o embarque e o desembarque mais rápidos. Segundo a companhia, a dificuldade de embarcar causa perda da capacidade de transporte de dois trens (3.500 passageiros) por hora, e o tempo da viagem aumenta 8%.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.