Ministério Público denuncia quadrilha que roubava obras raras

Grupo agia em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia e se passavam por pesquisadores para roubar os materiais

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou e pediu a prisão preventiva de cinco integrantes de uma quadrilha especializada em furtar e vender obras raras e valiosas do acervo de museus e fundações públicas. Laéssio Rodrigues de Oliveira, Iwaloo Cristina Santana Sakamoto, Edina Raquel de Souza Cordeiro, Marcos Pereira Machado e Ricardo Pereira Machado vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, furto e receptação qualificada e falsidade ideológica.   Com a quadrilha, foram apreendidos diversos livros, jornais, revistas, fotografias e gravuras do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (BA), do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico (RJ), da Fundação Biblioteca Nacional (RJ), da Biblioteca Mario de Andrade (SP) e da Casa de Ruy Barbosa (RJ).   Durante a prisão, feita pela Polícia Federal, foram encontrados estiletes e outros apetrechos usados para retirar páginas contendo gravuras raras e carimbos que identificariam a origem das obras furtadas.   Quatro dos acusados foram presos em flagrante no final de outubro quando foram ao Rio de Janeiro para furtar peças da Fundação Casa de Ruy Barbosa, dentre as quais, revistas como O Papagaio, A Vida Moderna, Almanak Laemmert, Tagarela e O Mosquito.   Segundo o MPF, os bandidos passavam-se por pesquisadores para conhecer os acervos e características dos locais. A partir daí, aproveitavam a fragilidade na segurança de museus e fundações públicas para furtar as peças e vender as mercadorias. A quadrilha era investigada desde 2005, quando peças raras foram levadas da Biblioteca Nacional.

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