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Ministério Público investiga condições de controladores

Órgão recebeu várias denúncias de funcionários de Brasília sobre excesso de carga horária de trabalho e pressão para exercerem suas atividades

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério Público do Trabalho está investigando as condições de trabalhos dos controladores de vôo em todo o País. A realização das investigações foi decidida depois de o Ministério Público ter recebido inúmeras denúncias vindas não só de Brasília, mas de outras cidades onde os funcionários do setor, civis e militares, estariam se queixando não só excesso da carga horária de trabalho, como constrangimentos e pressões para exercerem suas atividades. O Comando da Aeronáutica, que já participou de uma primeira conversa com procuradores, nega que haja qualquer tipo de irregularidade nas atividades dos controladores. Os procuradores vão promover uma visita ao Centro de Controle Aéreo(Cindacta 1), em Brasília, possivelmente na próxima semana, em data a ser confirmada, a fim de conhecer o local de trabalho dos controladores. Mas, antes os procuradores esperam manter um encontro com os controladores, para que eles possam informar os problemas que estão enfrentando. Assim, quando eles forem visitar o Cindacta, eles já terão ouvido os dois lados e poderão avaliar melhor as condições. "Ainda estamos na fase de diligências", comentou a procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ludmila Lopes, que evita fazer qualquer comentário sobre a situação da categoria. "A Procuradoria está investigando as condições de trabalho deles e não temos elementos para fazer nenhum tipo de julgamento", comentou Ludmila, que participou da reunião, no início da semana, com o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno. "Agora, estamos aguardando um contato com os procuradores", comentou ela. Nas conversas e investigações que estão realizando, os procuradores querem saber se está havendo um falso alarmismo em relação à situação do tráfego aéreo, ou se as seguidas e freqüentes denúncias que começaram a surgir depois do acidente entre o Gol e o Legacy, no dia 29 de setembro, têm razões reais. Somente depois irão se pronunciar sobre o caso.

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