
28 Agosto 2011 | 00h00
"Procurei a Procuradoria para explicar a situação em que houve a exoneração e me coloquei à disposição para fazer esclarecimentos e também para que me oriente em relação a essa situação. Mas estou muito tranquila", afirmou a ministra, que participou da inauguração de um conjunto residencial do Minha Casa, Minha Vida em Colombo, região metropolitana de Curitiba.
O Estado revelou, na última quinta-feira, que a ministra recebeu cerca de R$ 145 mil ao ser exonerada da diretoria financeira da hidrelétrica para disputar uma vaga no Senado. Ela perdeu em 2006 e foi eleita em 2010. Segundo Gleisi, o diretor-geral da binacional, Jorge Samek, foi o responsável pela exoneração. "Recebi meus direitos de verbas rescisórias."
Gleisi e o marido, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), foram citados em reportagens recentes sobre o uso de avião da construtora Sanches Tripoloni, que tem negócios com o governo. Bernardo disse que não se lembra em quais aviões viajou durante a campanha eleitoral de 2010, mas ressaltou que todos os voos foram contratados e pagos, negando a existência de favores políticos.
A ministra afirmou ontem que as especulações envolvendo ela e Bernardo estão ligadas a disputas políticas no Paraná. O PT no Estado enfrenta uma divisão em suas próprias fileiras sobre a eleição de 2012. Enquanto alguns defendem candidatura própria, outros, entre eles Bernardo, estariam propensos a dar apoio ao ex-deputado Gustavo Fruet (sem partido).
"Acredito que seja questão de política, mas espero que não seja. Sinceramente. Estamos tentando fazer o melhor trabalho, representar bem o Paraná e fazer com que as coisas caminhem", disse. A ministra é cotada para possível candidatura ao governo do Paraná em 2014.
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