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Ministro promete construir cinco presídios federais em breve

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, garantiu neste sábado que serão construídas cinco penitenciárias federais no País ?em espaço curto de tempo?. ?O local da primeira está sendo decidido e dentro de um a dois meses começa?, afirmou. O ministro disse que mesmo que houvesse penitenciária não haveria guardas para operá-las. ?Criamos uma carreira e através de medida provisória estamos contratando em regime de urgência 200 policiais?. Thomaz Bastos participou do encerramento do encontro dos 27 presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais em São Paulo, para debater temas relacionados ao aperfeiçoamento da justiça eleitoral. Beira-Mar Questionado se há possibilidades de o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, ser transferido para Mato Grosso do Sul, o ministro respondeu que o criminoso não volta para o Rio nem permanecerá em São Paulo, quando terminar o prazo de um mês. Beira Mar chegou à prisão de Presidente Bernardes, no interior de São Paulo, no dia 27 de fevereiro. ?A questão desse prisioneiro não é fundamental porque o governo já disse que ele não voltará para o Rio?, disse. O ministro elogiou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que ?numa parceria muito fecunda com a Polícia Federal e o Serviço de Inteligência está ajudando a decidir o destino do traficante?. ?Alckmin está sendo solidário em permitir que ele (Beira-Mar) ficasse aqui por um mês. Não tenho noção de onde ele vai e se tivesse não diria?, disse. PCC O ministro atribuiu a responsabilidade ao assassinato, no último dia 14, em Presidente Prudente (SP) do juiz corregedor Antonio José Machado Dias, ao Primeiro Comando da Capital (PCC). ?Os indícios apontam para o lado de instâncias menores do PCC mas é preciso esperar a conclusão das investigações para que se tenha o desfecho?, afirmou. O ministro disse que tem ?conversado com frequência com o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa e o governador Alckmin e parece que se está perto do desvendamento do crime?. Ele afirmou que ?por outro lado é simbólico que isso tenha acontecido (o crime). Isso significa que temos que lutar contra o crime organizado fortemente. Essa é uma luta sem quartel?. O ministro defendeu alterações imediatas em certas instituições do sistema policial, judiciário e prisional para combater o crime organizado. Presos O ministro disse que já analisou a proposta enviada, ontem, pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Luiz Antonio Guimarães Marrey, no qual defende que presos de alta periculosidade devam cumprir até a metade da pena sob regime disciplinar diferenciado - que prevê isolamento do preso e agendamento do contato através de advogados. A proposta também restringe as visitas. ?Já existe um projeto em andamento na Câmara dos Deputados que nós pretendemos aproveitar e estabelecer uma série de medidas inclusive um regime disciplinar diferenciado?, disse. ?A minha opinião é que precisa um regime disciplinar diferenciado à medida que, hoje, se tem um regime prisional que é calamitoso?, afirmou. Do seu ponto de vista, ?há um tratamento brando para criminosos duros e um tratamento muito duro para criminosos que mereciam outro tipo de tratamento?. Ele disse que a idéia do governo é fazer com que isso ?estabeleça procedimentos que tornem mais rápida a possibilidade do preso comum ter acesso à progressão do regime por um lado e por outro lado pegar aqueles que merecem cuidados e submetê-los a esse regime disciplinar diferenciado?.

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