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Moda dos braceletes ganha as ruas de SP

Das lojas da 25 de Março à Chanel, eles estão em várias vitrines

Por Valéria França
Atualização:

Em Paris, Nova York e Milão, os braceletes estiveram nas passarelas internacionais com desenhos exclusivos de grifes como Fendi, Chanel e Christian Lacroix. E a moda acabou aterrissando em São Paulo. Das vitrines da popular Rua 25 de Março, na região central, até as mais sofisticadas lojas paulistanas, até mesmo joalherias, eles aparecem em modelos, materiais, cores e formatos variados. Tudo depende do gosto, do bolso e do estilo de quem vai usar. Tem bracelete feito de metal, a partir de R$ 30. Mas tem também de ouro, trabalhado com diamante, por R$ 54 mil. Cada loja aposta num segmento. A linha vintage, por exemplo, é um dos grandes destaques da Rox Dreams, butique descolada da Alameda Lorena, nos Jardins. Ali, os braceletes têm cara de joia da avó, importados de Dubai, de ouro baixo, trabalhado com cristal e pérola de água doce (R$ 175). Há também modelos indianos, que, com o sucesso da novela Caminho das Índias, da Rede Globo, ganharam mais evidência. "Mas a peça que esgota sempre que chega é o bracelete de serpente", diz Daniele Ribeiro, gerente da loja. Importado de Londres, tem o corpo da serpente feito de malha de metal maleável furta-cor - material muito usado nas bijuterias dos anos 1980 - e a cabeça dourada. A peça lembra uma joia exótica das melindrosas do início do século passado. Custa R$ 95. Com uma proposta mais moderna, o artesão Francisco Orjales, de 45 anos, tem na loja que leva seu nome na Rua Haddock Lobo, nos Jardins, peças inspiradas em pintores como Joan Miró, numa linha batizada de Carmel. Um dos modelos, com quase um palmo de largura, é desenvolvido com metal banhado em prata que retorcido forma uma espécie de rede cubista, cravejada de cristal e pérolas (R$ 189). Sob encomenda, o artesão faz a mesma peça, ou qualquer outra de sua coleção, em ouro e pedras preciosas. "O bracelete é um dos acessórios mais sensuais", resume Orjales. COURO E METAIS Na charmosa Vila Flávio de Carvalho, também nos Jardins, o designer Fabrizio Giannone desenvolve uma linha de titânio, banhada a ouro, prata e paládio. Alguns modelos são forrados de couro de animais, como cobra, avestruz e boi. Entre os 90 tipos de braceletes de sua loja, há peças esmaltadas, de correntes e acrílico, com cara dos anos 1970. Além do acabamento superior, o designer pensou na praticidade ao colocar fechos de ímã, fáceis de serem manipulados. Os preços variam entre R$ 300 e R$ 1.000. MODELO GIGANTE Couro maleável em cores escuras, como marrom e preto, é a aposta da Daslu. O destaque está no acabamento, com taxas, cristais Swarovski ou outras pedras. Eles são modelo gigante, em evidência nesta temporada, têm cerca de dez centímetros de largura e custam a partir de R$ 140. Os modelos exclusivos de grifes como Chanel chegam às lojas de São Paulo apenas no fim do mês. Mas há quem prefira braceletes finos. A dica aí é usar vários deles, misturados, dando a impressão de formarem um modelo gigante. "Eu adoro misturar estilos e abusar das cores", diz a arquiteta Carolina Haddad Ranieri, de 26 anos, adepta do look. "Às vezes, uso braceletes nos dois braços." Para quem gosta de mistura, a Rua 25 de Março e seus arredores podem ser bons endereços para achar esse tipo de acessório. Não falta variedade de preços e estilos na região. "A temporada é de máxi bijuterias e o que antes poderia parecer um exagero passou a ser fashion", explica a stylist Flávia Pommianosky. "Mas até por isso vale redobrar o cuidado na hora de compor o visual. Uma vez com um bracelete ou vários nos braços, brincos e colares devem ficar na gaveta do armário de casa ou serem tão discretos que passem despercebidos." Onde e quando usar também tem a ver com o estilo da peça. Os de couro maleáveis, por exemplo, são mais casuais. Se forem de ouro, como os da H.Stern, o ideal é deixar para ocasiões especiais. FRASE Flávia Pommianosky Stylist "A temporada é de máxi bijuterias e o que antes poderia parecer exagero passou a ser fashion. Mas vale redobrar o cuidado na hora de compor o visual. Uma vez com um bracelete ou vários, brincos e colares devem ficar na gaveta de casa ou serem tão discretos que passem despercebidos"

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