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Moda italiana não quer modelos com menos de 16 anos

Associação nacional de moda italiana e organizadores de "Alta Roma. Alta Moda" divulgaram um manifesto com diversos compromissos pela saúde de modelos

Por Agencia Estado
Atualização:

A associação nacional de moda italiana e os organizadores do desfile "Alta Roma. Alta Moda" divulgaram neste sábado um manifesto em que se comprometem a não permitir desfilar nas passarelas a menores de 16 anos e modelos com evidente problemas de alimentação. Aqueles que assinaram o manifesto se comprometem ainda a "valorizar a modelo de beleza sã, solar, generosa e mediterrâneo que a Itália contribuiu a difundir a nível internacional", pois é "uma proposta estética positiva". As modelos de menos de 16 anos "não estão ainda preparadas para o mundo profissional da moda e correm o risco de transmitir mensagens equivocadas às suas colegas", diz o texto. Em seu empenho por tutelar a saúde das modelos, aqueles que assinaram o manifesto anunciam que pedirão um certificado médico baseado em uma avaliação que evidencie e tenha critérios científicos e diagnosticados em matéria de desordens alimentares, como o índice de massa corporal. "Nos comprometemos a não permitir que desfile ou pose modelos cujo certificado médico resulte em evidencias de problemas alimentares", diz a nota. Tanto a associação como a Alta Moda querem promover entre seus associados e empresas "a inclusão generalizada" nas novas coleções de tamanhos de 46 a 48. Na Itália, há algo em torno de três milhões d pessoas afetadas por problemas alimentares como a anorexia ou bulimia. A ministra italiana de Juventude, Giovanna Melandri, junto disse a favor do manifesto, mostrou seu reconhecimento diante da resposta do mundo da moda ao alarme formulado pelo governo a favor da luta contra a anorexia. O manifesto expressa a esperança em que todas as pessoas relacionadas com a moda, desde estilistas a agências de modelos, fotógrafos e maquiadores aderirem ao texto. Outras medidas contidas no manifesto são o apoio a instituições e associações médicas especializadas em promover campanhas de comunicação que "modifiquem positivamente os modelos estéticos que inspiram a formação da identidade e os comportamentos sociais". Aqueles que aderiram ao manifestam são conscientes de que jovens com problemas alimentares começaram com dietas para alcançar o ideal de beleza representado por modelos magérrimas. Os jovens "podem ser condicionados a exemplos e estilos de vida em que uma magreza exagerada pode converterse a um modelo a ser seguido".

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