A polícia encontrou na manhã deste domingo o corpo carbonizado de um homem num terreno baldio da rua Raimundo Gonçalves Ferreira, na Cidade A. E. Carvalho, Zona Leste. A vítima teve a mão direita arrancada e apresentava ferimentos nas pernas e cabeça. Seu rosto estava completamente desfigurado. Ao lado do corpo, um cachorro também foi encontrado carbonizado. Um martelo e uma marreta estavam abandonados no terreno e teriam sido usados para agredir o homem. Ele não portava documentos e ainda não foi identificado pela polícia. Não houve testemunhas. No sábado, outro caso de agressão contra um morador de rua foi registrado. Nelson Evaristo foi apedrejado em uma calçada da Travessa Henrique Arcuri, na Vila Clementino, Zona Sul. Pessoas que passavam pelo local acionaram a Policia Militar. A cena foi registrada pela câmera do sistema de segurança de uma empresa que fica na mesma rua. As imagens serão utilizadas por investigadores do 16º DP para tentar identificar o agressor. Evaristo continua em observação no pronto-socorro do Hospital Heliópolis, mas não corre risco de vida. A onda de crimes contra mendigos começou na madrugada de 19 de agosto. Na ocasião, 16 moradores de rua foram agredidos com golpes na cabeça. Seis mendigos morreram e outros dez ficaram feridos. Testemunhas afirmam ter visto um carro preto circulando pelas ruas do Centro na madrugada dos crimes. Na última quinta-feira, o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, garantiu que a Policia Civil vai esclarecer os casos de agressão contra moradores de rua antes do dia 19, próximo sábado. Os crimes contra mendigos também chegaram à Belo Horizonte (MG). Até sexta-feira passada, cinco casos de assassinatos tinham sido confirmados. A polícia mineira não acredita que as ações estejam relacionadas com algum grupo de extermínio.