Um grupo de 10 homens armados invadiu uma casa em um condomínio de luxo no Itanhangá, zona oeste do Rio de Janeiro na madrugada desta quarta-feira.Mesmo com os bandidos em casa, a proprietária, Carmen Viana, conseguiu telefonar para a delegacia da Barra da Tijuca e para o serviço de emergência da PM, mas disse que não recebeu ajuda."A pessoa que me atendeu na delegacia pediu que eu ligasse para a PM. Na PM, o telefone só dava ocupado", contou Carmem. O primeiro ladrão, afirmou, entrou por uma janela, mandando que as pessoas se deitassem no chão, e foi seguido por três comparsas. Ao mesmo tempo, outros quatro bandidos entravam pela escada do jardim, dois deles encapuzados. Havia seis empregados na casa. No momento em que o crime acontecia, policiais da delegacia da Gávea, zona sul, chegavam ao local, depois de ter recebido denúncia anônima sobre quatro carros suspeitos que rondavam a área. Com a presença da polícia, um dos criminosos, que havia rendido o porteiro do condomínio, fugiu. A polícia conseguiu prender Roberto Caetano da Silva, de 30 anos, ex-empregado de Carmem e integrante da quadrilha. Com ele foram encontradas jóias e um revólver calibre 38. Outros dois ladrões já foram identificados e um deles seria também um ex-empregado. Carros usados na ação foram recuperados. Na delegacia da Barra da Tijuca, a informação é de que um carro foi enviado à casa de Carmem após o pedido de socorro. O relações públicas da PM, coronel Nilton Lourenço, disse que o número de chamadas para o telefone de emergências da corporação supera as expectativas e que a grande quantidade de trotes sobrecarrega o sistema de atendimento.Uma secretária de 26 anos, tomada como refém em seqüestro-relâmpago, foi libertada pelos bandidos nesta madrugada, depois de 30 horas.Ela foi dominada por três homens armados dentro do Barrashopping, na Barra da Tijuca, zona oeste, e obrigada a sacar R$ 1.700 em um caixa eletrônico. Depois disso foi levada para uma casa em São Conrado, zona sul, e estuprada pelos bandidos.A polícia deve divulgar em breve os retratos falados dos criminosos. A secretária, cujo nome não foi divulgado, foi libertada na frente ao Teatro Municipal, no centro.