Moradores de rua: decretada prisão de suspeitos

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Por Agencia Estado
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Dois soldados da Polícia Militar e um segurança clandestino tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça, nesta quinta-feira, sob a suspeita de participação nos ataques aos moradores de rua no centro de São Paulo. Eles fariam parte de um esquema de proteção a traficantes de drogas, achaques e segurança clandestina na região central da cidade. Segundo o secretário da Segurança Pública, Saulo Abreu, está claro que os policiais eram intermediários do tráfico de drogas na região, levando drogas para traficantes e lhes dando proteção. O motivo dos crimes seria uma cobrança de dívidas ligadas ao tráfico. Dos três presos, dois foram reconhecidos por testemunhas. Só um dos suspeitos foi envolvido diretamente num dos ataques. O outro reconhecido é o soldado da Polícia Militar Marco Martins Garcia. Ele é acusado de espancar S.S.M. um dia antes da morte de sua amiga, a moradora de rua conhecida como Maria, assassinada na Liberdade. Assim, embora o secretário afirme que o caso está quase esclarecido, os policiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ainda têm muito a investigar. A principal testemunha do caso é uma pessoa que presenciou um dos ataques. Esse homem seria o segurança Manoel Alves Tenório. Durante o reconhecimento, acompanhado pelo promotor Carlos Roberto Talarico e pelo advogado Hédio Silva Junior, da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, a testemunha apontou o suspeito com exatidão. Só o soldado Jayner Aurélio Porfírio não foi reconhecido por nenhuma testemunha.

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