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Moradores de rua e ameaças

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Por Redação
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Carta 19.070 Moro no Brooklin, perto da Av. dos Bandeirantes, onde há muita gente pedindo esmola, quase sempre com crianças e animais, a quem espancam. Dia desses, um estava perto de meu portão e fiz sinal para ele ir embora, pois tenho três pastores alemães e seria perigoso. Como os cães latiam muito, ele cuspiu em um deles e avisou que voltaria. ?para matar um dos cachorros ou quebrar o vidro do carro?. Tenho filhos em idade escolar e temos medo. Alguém poderia intervir e tirar essas pessoas da avenida, para termos paz? NEIDE MAGAÑA Brooklin A Prefeitura responde: "As subs Sto. Amaro e Pinheiros fazem operações diárias abordando os moradores de rua, mas muitos se recusam a aceitar encaminhamento ou auxílio. Uma das razões é o fato de receberem esmolas, tornando a vida na rua mais atrativa que no albergue, onde teriam assistência. Ainda assim, pedi à Central de Atendimento Permanente e de Emergências que o caso seja visto mais de perto.Também contatei a PM, pedindo atenção para os casos de violência e ameaças. Entre essas pessoas há casos de transtorno mental e dependência química, não bastando recolhe-las, mas sim tratá-las. Para isso criamos a Liga de Atendimento ao Indivíduo em Situação de Rua, para assistir moradores de rua. Começamos pelos albergados na região da Sé, com atendimento médico-fisioterápico por alunos da Faculdade de Medicina da USP. A idéia é expandir essa atuação." ANDREA MATARAZZO Secretário das Subprefeituras e subprefeito da Sé Carta 19.071 Cidade suja Já escrevi para a Prefeitura, sem retorno, por isso escrevo à coluna. Dia 22/6 li a carta de um cidadão indignado (Praça da Sé, de Júlio César Siqueira, caso realmente vergonhoso. São Paulo é a única capital a que não podemos levar a família, amigos e turistas para conhecer o Centro. Há 10 anos levei familiares (franceses) para conhecer a Catedral da Sé, e ficamos com medo quando saímos do metrô, pois encontramos pessoas dormindo nos bancos da igreja, sentimos cheiro de urina, e vimos crianças quase nuas. A impressão que eles tiveram de São Paulo foi péssima. Há um mês, com a praça reformada, voltamos. E que vergonha, pois o problema continua. Há até barbeiros na rua! Não se pode passear pelo Anhangabaú nem de carro, e é muito triste que isso ocorra, já que há construções maravilhosas. Passeando pela Avenida Paulista, vemos vendedores de tudo. Aliás, há muitos camelôs na cidade toda. Fiz a besteira de ir à Rua 25 de Março... Não é possível acreditar que São Paulo é a maior e uma das mais importantes cidades do Brasil. É por isso que os turistas não vêm nos visitar. PAULA POUGE Capital A Prefeitura responde: "Fizemos muitas melhorias na região central nos últimos dois anos. A reforma da Praça da Sé, que a leitora cita, é um dos frutos desse trabalho. A questão da segurança também foi ampliada, com a instalação de 35 câmeras que monitoram a região central 24 horas por dia. Essa ação integrada entre a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana conseguiu prevenir muitas ocorrências, além de ajudar a controlar o comércio ambulante irregular. Só no ano passado a Sub Sé fez mais de 150 mil apreensões. A equipe de limpeza que atua na Praça da Sé é composta por quatro homens, que fazem varrições e lavagem diária. Sobre os moradores de rua, oito agentes da equipe de assistência social fazem a abordagem e o encaminhamento desses moradores para os albergues da região, embora muitos não aceitem ir para albergues ou voltem para as ruas. Além disso, firmamos convênio com o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e demos início ao Programa Equilíbrio, para tratar crianças e adolescentes em situação de rua. Assim como a Praça da Sé, a Avenida Paulista também é atendida pelas equipes de limpeza e assistência social e, em breve, terá as calçadas completamente remodeladas, melhorando a circulação de pedestres." ANDREA MATARAZZO Secretário de Coordenação das Subprefeituras e subprefeito da Sé Sou leigo quando o assunto é obras, mas não seria mais viável construir um aeroporto novo em Taboão da Serra, no Embu das Artes ou em qualquer cidade próxima do Rodoanel, ao invés de construir uma nova ponte de R$ 150 milhões na Avenida Jornalista Roberto Marinho, no Brooklin, num local onde já existem duas pontes para travessia na Marginal do Rio Pinheiros? JOSÉ RAIMUNDO DANTAS Jardim Rosana

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