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Moradores do Complexo Alemão denunciam nas redes sociais tiroteio

Inicialmente, Coordenadoria de Polícia Pacificadora negou ação e disse que era estouro de fogos de artifício

Por Thaise Constancio
Atualização:

RIO - Um tiroteio na favela Nova Brasília, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, assustou moradores na noite desta segunda-feira, 26. Inicialmente, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) negou a troca de tiros e afirmou que houve estouro de fogos de artifício. Em nota enviada na manhã desta terça-feira, 27, a assessoria do CPP informou que, na noite de segunda, os policiais patrulhavam uma localidade conhecida como Rua Sem Saída e trocaram tiros com bandidos armados até o Largo da Sorveteria. Ninguém ficou ferido.

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Ainda de acordo com a CPP, antes do tiroteio, um menor de idade foi detido com nove bombas de fabricação após serem ouvidos estouros de fogos de artifício. Ele foi encaminhado para a 45ª Delegacia de Polícia (Alemão). Nesta terça, o policiamento segue reforçado por agentes de outras Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Durante a noite, moradores reclamaram e postaram vídeos do tiroteio nas redes sociais. Um internauta postou uma foto de um carro da polícia capotado perto da Favela Vila Cruzeiro. Porém, segundo a CPP, "não há registro de viatura capotada nos Complexos do Alemão e da Penha".

No Twitter, Cristiano Barbosa afirmou que os tiroteios são constantes no Complexo do Alemão. "Pacificação é coisa q não tem no Complexo do Alemão, comunidade ocupada por UPP. Todo dia tem tiroteio,mas hoje (ontem) tá parecendo uma guerra! Complexo do Alemão vivendo uma noite de Síria! Tiroteio muito intenso que já dura horas e o povo tá apavorado. Até quando? #UPPfail #SOSRio."

Também no microblog, Alessandro Moreira ironizou a informação passada pela Polícia Militar. "PM diz q tiroteio de ontem no Alemão foi fogo. Não teve nenhum fogos (sic). Foi tiro mesmo. Está demais isso aqui". Ele completou afirmando: "Não houve nenhum som de fogos ontem no Alemão. O tiroteio foi intenso. Socorro, precisamos de paz".

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