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Morre bebê de leishmaniose em Araçatuba

Por Agencia Estado
Atualização:

A menina S.A.S., de apenas quatro meses, morreu às 4h50 da madrugada de sta quinta-feira, na Santa Casa de Araçatuba, de infecção generalizada causada por leishmaniose visceral. Ela é a terceira vítima a morrer desde o reaparecimento da doença em Araçatuba, em 1999. De lá para cá, outras 31 pessoas contraíram leishmaniose, mas conseguiram se curar. O total inclui seis casos confirmados neste ano. Há ainda três casos suspeitos. S. estava internada desde o último dia 8 na UTI pediátrica do hospital. Seu estado era considerado muito grave, e até terça-feira ela respirava com a ajuda de aparelhos. Anteontem, a menina apresentou melhora e havia até a previsão de alta da UTI, mas ela voltou a piorar e acabou morrendo. Segundo o pediatra Ânderson Azevedo Dutra, chefe da UTI pediátrica, a leishmaniose destruiu o sistema imunológico da recém-nascida, que teve várias infecções. Os pais de S., Edson Carlos dos Santos e Aparecida Augusta Silva dos Santos, estão inconformados e não quiseram dar entrevista. Quando perceberam que a filha não estava bem, eles procuraram inicialmente a rede básica de saúde de Araçatuba, que não conseguiu detectar a doença. Descontente com o atendimento, o casal foi atrás de um pediatra particular, que suspeitou de leishmaniose e pediu os exames que confirmaram a doença. A leishmaniose é causada por um protozoário transmitido aos cães através da picada do mosquito conhecido como palha ou birigüi, que se reproduz em locais com muita matéria orgânica em decomposição. Os animais contaminados definham até morrer e transmitem a doença às pessoas que têm contato com eles. Só neste ano a Vigilância Sanitária de Araçatuba já colheu sangue de 6 mil cães suspeitos. Os exames concluídos até agora confirmaram a contaminação de 27 cães, que foram sacrificados.

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